Puxa-sacos

Há algum tempo, nas preliminares de minha coluna, no jornal “A Palavra” que se intitulava “Variedades”, escrevi um artigo sobre os puxa-sacos, e muita gente gostou e até pediram-me para repetir. Mas, o tempo foi passando e não atendi ao tal pedido. Hoje, porém, resolvi inserir esse artigo no meu segundo livro. Aqui, descrevo a história dos “ditos cujos.”
Puxa-saco tem, por vezes, o seu sentido distorcido. Poucos conhecem a origem dessa expressão. A história conta que nas estações de desembarque europeias mais antigas, onde desembarcavam alguns Monarcas ou pessoas da elite, havia ali algumas mais pobres, que disputavam carregar as sacolas, ou bolsas sacos de viagem dessas personalidades para levarem até aos hotéis ou lugares onde se hospedariam. Como retribuição, ganhavam cachês ou presentes. Percebendo isso, outros pobres ajuntaram-se ao grupo, formando uma fila enorme que era chamada de “O cordão dos puxa-sacos.” No entanto, os puxa-sacos não eram pessoas boazinhas que queriam fazer caridade... não! Eles agradavam por interesse: receber algo em troca de seus favores... Puxa-sacos por conveniências.
Será que ainda temos puxa-sacos na nossa realidade tão distante daquele tempo? É bem provável que sim! Por isso, diz-se que amigo é amigo e puxa-saco é outra coisa. O amigo de verdade não precisa puxar sacos para obter confiança, pois ele ganha confiança na medida em que cumpre os seus deveres, sem pisar em ninguém, sem fazer intrigas tendenciosas, a fim de conquistar simpatias e apresentar o “eu sim que sou amigo (a)”, estranha demagogia, desnecessária, pois o tempo sempre mostra com quem está e onde está a razão e a verdade. Disso, podemos ter certeza! É muito bom ter amigos de verdade, que estão dispostos a ajudar, sem esperar retorno, que se alegra e chora com o outro. Que bom ter amigos que são presença não só nas horas de alegria, mas também nas tristezas, pois esses são amigos de verdade.
Se alguém diz: “eu tenho um amigo, o qual defendo, tanto na verdade como na mentira...” esse não é amigo e nem é cristão, mas pode se intitular “cachorrinho de bandido”, pois toma partido sem se importar com a verdade e com a justiça!
Dicas para ler na Bíblia: (Sl 118 e Sl 3).




Juraci da S Martins
Enviado por Juraci da S Martins em 17/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
Código do texto: T4346207
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