Lições do Futebol II

No futebol, tão importante quanto o respeito é a admiração. Às vezes, dentro do time existem jogadores que se admiram bastante. O Neymar deu entrevista ao lado do Romário. Mas durante anos foi seu ídolo. Ou seja: o Neymar estava ao lado de alguém que ele admirou bastante; isto é, de alguém que se consagrou no futebol. Enquanto nós vivemos querendo destruir as coisas, inclusive, aquilo que nos constitui, que é o amor ao futebol, penso que deveríamos reconhecer nossos ídolos. Infelizmente estamos mostrando ser um país sem ídolo. Trocamos a idolatria, que é algo fascinante (embora alguns religiosos à rechassem, talvez por desconhecer o seu real sentido), pela intransigência. Ir às ruas é legítimo; mas, é também despatriótico. Quebrar tudo em nome de uma fantasia socialista, não acredito ser a melhor opção. Onde a humildade se perde, isto é, onde o desrespeito impera, nada funciona. E, temos visto que a idealização do ídolo está sendo quebrada. É uma pena que estejamos trocando a identificação pelo narcisismo infantil. Ao invés de nos espelharmos em pessoas importantes, que tanto conquistaram na vida, queremos acreditar que a Política, agora vai dá certo. Essa idealização é social, e, muito mais demagógica do que propriamente concreta. Sem ídolos não temos chão; não temos Pai. Não temos o amor que nossos pais nos deram. A pergunta que fica é: 'onde estão nossos pais nesse momento?'. Sem ídolos, somos seres vagando pelas ruas. Alias, talvez isso explique o motivo das manifestações não terem um sentido político concreto.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 21/06/2013
Reeditado em 21/06/2013
Código do texto: T4351924
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