Um dia comum
 
Estamos no dia 13 de setembro de 2007. Como tenho as manhãs de folga, aproveito-as para realizar múltiplas funções: dona de casa e outras inerentes atividades, que qualquer pessoa comprometida com o bem-estar, não só da família, mas também da comunidade, é capaz de realizar.
Jamais, porém, deixo passar sem deter-me diante das belezas que a natureza oferece. Hoje cedinho fui às compras e resolvi passar entre os canteiros da praça Nossa Senhora das Mercês. E qual não foi, então, o meu encanto: Havia azaleias por todos os lados, copadas cobertas de flores rosa pinque e outras brancas. Essas flores cobriam todo o verde das folhas... em volta, muitas borboletas multicoloridas em suas revoadas em busca de alimento. Ali, também podia se observar alguns beija-flores de cores cintilantes, a sugar os néctares naqueles canteiros floridos.
De fato, ali tudo era tudo romântico e inspirador. Uma mista gratuidade e beleza a se descortinarem ante os olhares de todos os transeuntes, porém muito significativos, aos que se detêm para observar e refletir sobre o grande louvor da natureza ao seu criador e à magnificência da graça, torrentes do amor divino pelo humano.   Aí, então, a reflexão: A vida é como um jardim onde Deus plantou as flores e alguém (que pode ser cada um de nós), entre elas, semeou espinhos. Por isso, a vida se completa num misto de guerra e paz, de ganhos e perdas que se traduz no amor e no ódio, nas diferenças sociais. São gritos de dores no meio de flores. É a gangorra da vida que chamamos de biorritmo. Aqui, nada é constante e perene, por isso, dizemos que saber viver é aproveitar, da melhor maneira possível, os momentos de paz e harmonia, sem deixar de lembrar que o sofrimento faz parte da caminhada, e ele nunca é em vão. O sofrimento é um livro que nos ensina muitas coisas: entre elas, dar valor à vida com saúde e à paz de espírito. O sofrimento nos faz crescer e nos santificar. Eleva-nos neste plano e abre o espaço para se chegar à plenitude da felicidade que é viver já aqui neste mundo, no mais íntimo contato com o dono da vida – Pai amoroso que, em trina unidade com o Salvador e o Santificador, realiza o milagre da existência de tudo e de todos.




 
Juraci da S Martins
Enviado por Juraci da S Martins em 24/06/2013
Reeditado em 24/06/2013
Código do texto: T4356627
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