Olhando a fogueira

Falam que as mulheres são mais rabugentas. Na verdade, mulheres têm áreas ativas no cérebro muito maiores para as funções de fala e linguagem ( não é por outra razão que as mulheres acham que os homens falam pouco, e eles acham que as mulheres falam sem parar). As mulheres têm organização mental que chama de trilhas múltiplas – elas são capazes de rodar um programa de computador enquanto falam ao telefone e ouvem uma segunda conversa atrás delas no restaurante enquanto conversam com seus companheiros de mesa.

A organização mental dos homens contém uma única trilha; eles só conseguem se concentrar em uma coisa de cada vez; quando abrem o mapa no carro, eles desligam o rádio; se a mulher fala quando chegam num trevo, ele erra a estrada e põe a culpa nela por estar falando. Quando o telefone toca ele pede para todos calarem a boca, para poder falar.

Li uma vez sobre homens e fogueiras e adorei isso. Quando o homem primitivo voltava para a caverna depois de um dia exaustivo de caçada para alimentar a família, precisava ficar uns 30 minutos olhando a fogueira; sem falar, para recobrar as energias.

Durante milhares de anos o homem passou parte da noite olhando a fogueira, sentava-se entre os companheiros, em estado de transe e ficava longos períodos sem se comunicar. Para o homem esta é uma forma de aliviar o estresse e recarregar as baterias. O homem moderno ainda olha a fogueira no fim do dia, mas agora recorre a jornais, livros, internet e controle remoto.

Para as mulheres rabugentas, aquelas que implicam em horas impróprias, no final do dia, quando eles chegam do trabalho e precisam de um tempo para aliviar a tensão como faziam seus ancestrais, eu sugiro que propiciem as seus homens os 30 minutos para contemplarem a fogueira; com certeza vai diminuir e muito, as reclamações de ambos os lados.

Bom findi, fui!

Rejane Savegnago
Enviado por Rejane Savegnago em 26/06/2013
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