Meu sítio e seus benéficos efeitos sobre mim...

(texto escrito por Janil Lopes Corrêa – jlc - jan)

Recarrego minhas baterias, toda vez que vou para o meu sítio, em Minas Gerais. Quando retorno para o Rio, estou pronto, novamente, para a luta, para o bom combate. Lá é o meu paraíso na Terra! O lugar onde me sinto mais próximo de Deus e fica, somente, a 802 (oitocentos e dois) metros de altitude, acima do nível do mar. O verdadeiro REPOUSO DO GUERREIRO, do LOBO DO MAR, como me sinto até hoje, tanto faz, onde me isolo e vivo a minha, muitas vezes necessária, solidão, acompanhado do meu cãozinho Júnior, meu fiel companheiro, meu amigo, minha sombra, minha vida, aquele que jamais me cobra alguma coisa porque nunca conheceu o dólar. É lá, naquele pedacinho de chão, abençoado por Deus, disso eu não duvido, que ouço os sons que vêm da floresta, em frente a minha varanda, deitado em minha rede, os gritos dos macacos bugios, o canto dos pássaros: beija-flor, canários, sabiás, trinca-ferros, coleiros, graúnas, tico-ticos, sanhaçus, azulões, pintassilgos, cambaxirras, pica-paus, tucanos, maritacas, saracuras, jacus, corujas batoré – e outros que desconheço o nome, todos que vêm me visitar atraídos pelo alimento que lhes dou e pelos que existem, em abundância, em meu imenso pomar, vivendo soltos, nos braços da generosa mãe natureza, que tanto amo, como devem permanecer, além de meus cavalos, vaca, bezerro. mulas, burro, etc... São eles, também, que contribuem para a minha inspiração, libertam-me, tornam-me mais humilde, mais humano, fazem crescer, em mim, a vontade de viver muito mais, de escrever e me remeter ao meu rico e saudoso passado, de tantas e belas lembranças, quando converso com todos, inclusive com os que já se foram, partiram para a eternidade. É quando consigo ouvir, sem interferências, minhas músicas preferidas – o jazz, principalmente aquele com que tive contato, in loco, onde ele surgiu e dele aprendi a gostar - New Orleans - e as canções interpretadas por Freddy Gardner, a sensacional orquestra de Glenn Miller, Nat King Cole, Frank Sinatra, Quincy Jones, Ray Charles, além dos brasileiros, Zezé de Camargo e Luciano e tantos outros românticos – que são os mais fantásticos, mais, muito mais intensamente inspiradores. Eu sou um jovem espiritualista porque assim me tornei, definitivamente, faz pouco tempo. Hoje, não tenho mais uma religião definida, vivo das experiências que senti e pelas quais passei, suficientes para me transformar num ser imensamente feliz e grato por existir, bem mais crente na existência de Deus, diante de toda a Sua criação, com quem converso, diuturnamente. Não O temo mais, acredita! Sinto a Sua existência, a Sua presença, em cada visão e audição da mata, no canto dos pássaros e, por isso, agora, sei que Ele é um Deus de bondade, de perdão, que acolhe aqueles que Dele necessitam, de forma incondicional. O quê seria de mim se Ele não agisse assim? Durante a vida conheci e vi de tudo, riqueza, pobreza, bondade, maldade, drogas, etc., sem nunca delas sequer ter-me aproximado ou provado. Por quê? Porque Deus sempre esteve ao meu lado protegendo-me, inspirando-me, fortalecendo-me e, só agora, me conscientizei, me dei conta disso. Como Lhe sou grato Senhor, por me receber e cuidar de mim, das minhas famílias, falo das que o SENHOR ME CONCEDEU, RECENTEMENTE, as pessoas que me ajudam a cuidar desse paraíso e dos animais que amo! Abençoe-nos e jamais nos abandone!

jlc
Enviado por jlc em 11/07/2013
Reeditado em 08/08/2013
Código do texto: T4382041
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