UM MILAGRE

Há vários textos numa imagem à minha frente. Interior. Exterior.

O interior que poderia exteriorizar tudo o que sou. Tudo o que penso. Em dado, ou inúmeros momentos. O exterior. Que internaliza o que poderia ser vivenciado caso ali se estivesse ou houvesse.

Ou então, a saudade, justamente porque o acaso (que não existe) um dia existiu.

Amo imagens escuras. Pontos claros.

Ou imagens claras. Pontos obscuros.

Difusos.

Até o concreto. De um móvel.

De uma taça. Com água ou vinho.

Momento abstrato.

Tudo se transforma, conforme a conveniência. Primeira regra de vida, ou primeiro milagre. Quem o sabe? “... Não chegou a minha hora”...

(Adriana Luz – 13 de julho de 2013)