Fontes de energia 

Há dias que me parece indispensável esquecer por um pouco a realidade de nosso planeta conturbado e gemente em dores, num grito por socorro, sem que seus apelos encontrem eco nas mentes humanas. Porém, nem tudo está perdido. Creio mesmo que não é alienação para nos encontrarmos conosco mesmos e para refletir sobre as belezas que este universo nos contempla e das quais todos têm o direito de usufruir. Há alguns anos, adquiri minha primeira câmera fotográfica e, desde então, tomei por hábito, ou lazer, registrar as coisas que encantam e seduzem no espaço em que vivo ou visito. E, o primeira delas, é, indiscutivelmente, o nascer e o pôr do sol. Muitos jamais tiveram esta graça quase inexplicável de contemplar o esplendor e a magnitude do astro, centro e rei de nossa galáxia, ao despontar no horizonte e ao descambar no poente. Será que já percebemos o sentido e o valor desse corpo celeste, presente de Deus? Os indígenas faziam reverências ao sol, como sendo o seu Deus, pois, na sua sabedoria, viam nele a fonte de vida. (De fato, o sol é tudo isso). E não precisa ser um físico, químico ou estudioso de astrologia para saber que o sol gera vida, aquece, ilumina e a vida humana não poderá existir sem o seu calor e sua luz. Podemos nos aperceber de o quanto faz bem o renascer de um novo dia, quando estamos angustiados, tristes, deprimidos ou indecisos; depois de uma noite de incertezas, ansiedades e mal dormida, aos poucos, vem chegando o sol e, com ele, ante sua luz, vamos recobrando as energias, as esperanças e nos tomamos de novas forças para recomeçar... Chega o entardecer, e ele a iluminar outros povos, bons ou maus, mas que necessitam de seu calor e de sua luz. Quando o sol desce até o limite da nossa visão, touca-se de um amarelo citrino com mistos de rosado e gris, faz-nos contemplativos, enche-nos de uma misteriosa nostalgia, uma efusão de sentimentos e uma plácida harmonia entre a natureza e a criatura, pois o autor da vida o fez para todos sem discriminar. Olhe para todas as coisas a seu redor com amor e renasça. Ame o sol, porque é ele que o aquece, e a chuva, pois ela purifica seu corpo e seu espírito. Ame a luz, porque lhe mostra o caminho. Aprenda a viver e a conviver com a natureza, pois ela é uma escola sagrada e gratuita, que tudo nos ensina. Ao se pôr, o astro rei deixa para traz a sua realização benéfica e a esperança de vê-lo renascer no amanhã que veremos, enquanto aqui permanecermos. Se o sol, criação de Deus, é esplendoroso na sua magnitude insondável, quanto mais não será o próprio criador dessa admirável obra, o que podemos observar, através de seus sinais, na sua pedagogia universal explícita, na criação e nas criaturas.



 
Juraci da S Martins
Enviado por Juraci da S Martins em 13/07/2013
Reeditado em 13/07/2013
Código do texto: T4385522
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