IMPRECAÇÕES

Para quem escreve nada mais gratificante do que saber-se lido e comentado.

Isto é bom para o ego do autor e, se ele for suficientemente capaz, disso tirará lições para o próprio aperfeiçoamento.

Todo leitor é importante e dele não se deve esperar ou impor coincidências de pensamento e interpretação. Melhor é preparar-se para o conflito de ideias. Dentre elas, porém, só uma é inaceitável: aquela emitida por alguém que viu o texto mas não o leu ou leu mal. Nota-se em monossílabos geralmente expressos em clichês, algumas palavras captadas denotando o plágio velado num aleijão poético ou numa croniqueta bem ao gosto dos crédulos leitores e suas fezes. E já que dou este excêntrico “plural” à fé sem dela exatamente estar falando, a qualquer momento vou soltar um pum na cara dessa canastrona pra ver se lhe inspiro dizer se o dito cujo tresanda ou trescala.

Nada, porém, é mais jubiloso do que saber-se lido sistematicamente por quem faz marcação à pessoa do autor, servindo-se do texto dele para distorcer-lhe as ideias e redigir-lhe imprecações. Daí conclui-se que, para esses, são inquietantemente importantes autor e obra.
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 17/07/2013
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T4391551
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