DIA "D" Crônica de: Flávio Cavalcante

DIA “D”

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Os mistérios da natureza que envolve o homem são de deixar qualquer um de cabeça enlouquecida. Eu mesmo fico estupefato e a me perguntar várias vezes sobre fatos naturais que acontecem comigo e depois do acontecido tenho absoluta certeza que tinha alguma razão daquilo acontecer. Acredito piamente que nada é por acaso, tudo tem uma razão de ser, mas que, na maioria das vezes, foge da nossa concepção carnal.

Uma das situações que me chama a atenção é exatamente naquele determinado dia em que anda tudo errado na sua vida. Por incrível que pareça, eu percebo no ato quando vai acontecer alguma coisa que eu venha me aborrecer. Parece que os astros resolvem de alguma me avisar.

Não tem aquele dia que tudo como começa a dar errado e você abanca a perceber que tem alguma coisa fora do lugar? Aquele dia que você acaba falando ditados populares “PARECE QUE EU PISEI EM RASTRO DE CORNO”, “PARECE QUE SALGUEI A SANTA CEIA, “ PARECE QUE EU ATIREI PEDRA CRUZ” Ou ainda nos apoderamos de alguns ditados falados pelos evangélicos. “DEUS É MAIS”, SANGUE DE CRISTO TEM PODER”, TÁ AMARRADO EM NOME DE JESUS’.

Hoje eu pude perceber que foi um dia desses para mim. Saí logo cedo de casa e assim que cheguei no ponto de ônibus, lembrei que havia esquecido minha carteira e sem ela, não ia conseguir ir pra lugar algum. Voltei aborrecido pra casa para pegar a dita cuja, pois, já estava atrasado para chegar ao lugar onde eu estava indo. Até aí normal. Um esquecimento é natural de vez em quando. Afinal somo seres humanos. Mas eu voltei sentindo um clima pesado. Algo não estava se encaixando. Não sei bem dizer o que era, mas essa era a sensação que eu estava sentindo.

Cheguei ao ponto de ônibus, o primeiro que passou, não parou e isso nunca aconteceu. Já me deixou mais “P” ainda. Respirei fundo e contei até três para não ter um troço e não xingar algumas palavras tiradas de um vernáculo chulo, por causa da ira. O dia já estava ficando tenso. O próximo coletivo parou e eu entrei, me acomodei em uma das cadeiras. Uma barulhada infernal dentro do coletivo, puxado por alguns passageiros que pela cara vinha da farra. O tempo que eu faço esse percurso que é todos os dias, sempre está em silêncio e hoje estava agitado. No meio da viagem um engarrafamento e o motivo era um corpo estirado no meio da pista. Todos ficaram perplexos dentro do coletivo. Aquilo já me deixou incomodado. E a partir dali, por essas e outras vezes que fatos assim aconteceram, eu já comecei a fica antenado pois, sabia no meu subconsciente que eu ia ter problemas no meu trabalho. E não deu outra. Foi um dia bem estressante e eu não tive que matar um leão só. Tive que matar uma manada inteira.

No final do dia fiquei enclausurado dentro de casa até o dia terminar. Não sei se eu iria suportar outro estafante problema.

Eu fico á me perguntar sobre estes fenômenos. Muitas vezes o dia já começa negativo. As pessoas se aborrecem fácil. O clima fica pesado em várias situações que no normal não era pra ficar e fatalmente, terminará com um bom sofá para um relaxar total. Uma espécie de descarrego de energias.

Isso é um dos fenômenos da natureza que eu questiono e por mais que eu me interrogue, nunca, mas nunca obtive resposta alguma.

POR QUE SERÁ?

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 18/07/2013
Código do texto: T4393230
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