Diário de um viajante

Estivemos recentemente da Grécia. Ali, chegamos exatamente no dia 22 de maio de 2013. Havíamos passado os últimos sete dias em Israel, revendo a Terra Prometida, na companhia de minha esposa e de irmãos da Igreja Memorial Batista, de Brasília.

Do hotel em Jerusalém, ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, fomos acompanhados por um guia brasileiro, Mochico, nome derivado de Moshe, que quer dizer Moisés, em Hebraico. Ao chegar a Israel, como guia turístico, nosso patrício optou por denominar-se Mochico, pois, na cidade, abundava o número de guias conhecidos por Moshes.

A Grécia está dividida em treze estados federativos. É berço do sistema democrático e relicário de recordações históricas do mais alto valor. A capital, Atenas, ostenta o título de centro econômico, social e cultural do país, orgulhosa de ser a terra natal das mais ilustres personalidades que deram ao mundo uma contribuição incomensurável de saber.

A filosofia, a ciência, as letras, as artes e a cultura, em toda sua plenitude, devem contribuições impagáveis a esses precursores do conhecimento humano. Citar Sófocles, Eurípedes, Aristóteles, Fídias, Tuciclides, Sócrates, Platão e Hipócrates, entre outros de igual magnitude intelectual, identificando-os por suas qualidades de dramaturgos, escultores, historiadores, físicos, médicos, filósofos e de outras qualificações de escol, é um raro prazer que desfruto como modesto escrevinhador.

À noite do dia 22 de maio de 2013, estivemos em uma casa de show. O ambiente encontrava-se repleto de turistas de variadas nacionalidades. Serviram-nos um jantar e depois apresentaram o espetáculo da temporada. Nada de extraordinário. Aproveitamos o ensejo, para comemorar o aniversário de minha esposa, que completava setenta anos de idade. Anos bem vividos, por sinal, acalentados pelo amor da família e por mim, seu eterno apaixonado. O grupo de artistas, informado do magno acontecimento, cantou a melodia "Parabéns pra você", acompanhado de centenas de pessoas.

Às 9h00 do dia 23, após o café da manhã, entoamos um hino de louvor a Deus e oramos com o pastor Josué. Reconfortados física e espiritualmente, seguimos com destino a Corinto, a oitenta quilômetros de distância. No percurso, margeamos o Mar Egeu, de águas escuras, dividindo a Grécia da Turquia.

Corinto foi um grande centro comercial e exportador. No século VII, Periandro aboliu a escravidão e tornou-se patrono das artes e das letras, não se esquecendo da proteção aos pobres. A esse estadista de época distante, é devida a expressão até hoje adotada pelos defensores da liberdade: “A democracia é melhor que a tirania”.

Conhecemos o Canal de Corinto, com cerca de sete quilômetros de extensão, vinte e cinco metros de largura e profundidade média de nove metros. Esse canal liga o Golfo de Corinto com o Mar Egeu, passa pelo istmo de Corinto, separa a península do Peloponeso da parte principal da Grécia e torna o Peloponeso uma ilha. O canal foi construído entre 1881 e 1893, com a finalidade de tornar acessível a navegação de barcos que não precisariam dar uma volta de 400 quilômetros em torno no Peloponeso. Hoje, é basicamente utilizado por embarcações turísticas, em número que supera dez dezenas de milhares, por ano.

Depois da visita ao canal, fomos conhecer as ruínas da antiga Corinto, banhada pelo Mar Jônico. No século IV a.C., Júlio César reconstruiu a cidade, tornando-a capital administrativa da província romana na Grécia. Com o desenvolvimento da região, ali passaram a habitar gregos, romanos, judeus e fenícios, com cada um adorando seu próprio deus. Na Corinto de hoje, residem 700 mil habitantes.

Em nossa peregrinação, conhecemos o Templo de Apolo, datado do século VI a.C., e o de Afrodite, a deusa do amor, da beleza e da sexualidade, na mitologia grega. De acordo com Hesiódo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e os arremessou no mar. Da espuma, provocada pelo impacto do peso na água, nasceu a bela Afrodite.

Também visitamos os templos de Zeus e de Octávia. Estivemos no que fora o Odeon romano, do século I d.C., e na Fonte Pirene. Ainda visitamos a praça principal, antigo centro das transações comerciais e da vida pública da cidade. For fim, conhecemos uma árvore denominada "Padre Nostro", pois o seu fruto serviu para fazer os primeiros rosários destinados às orações dos fiéis.

O Apóstolo Paulo viveu por quase dois anos em Corinto. Por ser uma cidade marítima, a presença de marinheiros vindos de boa parte do mundo era constante. Em face do grande movimento, da licenciosidade e da promiscuidade reinante, a prostituição era exercida desavergonhadamente, o que exigiu de Paulo pregações veementes da Palavra de Deus, concitando o povo à santificação. Ou a um viver sem depravação. O Apóstolo, instruído pelo Espirito Santo, pregava a verdadeira fé aos coríntios, apresentando-lhes o Deus verdadeiro e único. .

Saímos de Corinto, de volta a Atenas. No caminho, paramos em uma loja repleta de esculturas de variadas motivações. Aproveitamos o ensejo e fotografamos algumas dessas preciosidades. Também efetuamos compras de souvenir para presentar amigos em nosso retorno ao Brasil, ocorrido em 03 de junho de 2013, depois de conhecermos a Turquia, de quem falarei em outra oportunidade. Obrigado pela atenciosa leitura!