O TEMPO NÃO CURA UMA FERIDA...

O tempo não cura uma ferida...

Mas pode diminuir o tamanho dela.

Ao ouvir esta frase em um antigo filme assistido neste final de semana, resolvemos que poderia render bons argumentos. Sobre saudades, tristezas, mágoas, ressentimentos e tantos outros sentimentos mais. Mas resolvemos por outro lado, anexar algumas passagens e mensagens deixadas por um amigo no nosso livro “Ele voltou!” Segundo Ele, em lugar de chorar por amor, não seria bem melhor sorrir com amor? Em lugar de um pedido de perdão não seria melhor sempre um abraço entre dois? Onde encontrar maior manancial de riquezas do que dentro de nós mesmos? Todos dizem que nada mais lindo do que o sorriso de uma criança, esquecendo que também foram crianças, mas porque foram, precisariam ter desaprendido a sorrir como elas, e por isso agora seria sempre preciso trocar o simples toque de carinho e compreensão pelo da dor e da saudade? Porque sempre trocar o caminho a dois de mãos dadas, pelos diferentes de uma encruzilhada, sempre preferindo dar o troco! Mesmo que isto seja possível em algum dia, no seguinte ainda vamos lembrar não o troco que demos, mas que ainda não estamos satisfeitos, porque talvez imaginemos que de em uma única vez, daremos o troco a todos de nossas vidas. Mas convenhamos que depois de tanto tempo termos ficado em desvantagem, ao darmos o troco sentimos que nada ficou bem resolvido, porque agora, estamos apenas empates. E bem no fundo gostaríamos agora dar aquela pedrada que deixaria o outro marcado para vida como perdedor e a nós com a luxúria do prazer de ter virado o jogo para dois a um, mesmo que naquela pedra estejam ocultos nossos erros e nossas falhas.

Mas então como fazer quando nos deparamos com as entradas mais duras da vida? Com as pessoas que gostam de dar cartões vermelhos e expulsar de seu jogo, só porque se julgam acima da verdade. E na certa porque julguem que se mereça, sem chance de defesa ou discutir. Quem sabe por que não também não tiveram a sua. O desprezo acima da razão. Quem sabe a ferida final. Se ela for assim. Se não for... Vamos diminuir seu tamanho ainda com carinho, esperança e amor. E mais do que tudo isto, vida! Poderemos até estar errados.

Mas estaremos sempre, certos!

Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante. Esta crônica está em mais de noventa jornais impressos e eletrônicos no Brasil e exterior.