“Eu me relato, tu me delatas, eu vos acuso o confesso por nós. Só assim me livro das palavras com as quais você me veste. “

 

 Não me cobre e não me exija o que eu não sei o que fazer. Tantos nãos, tantas dores em mim cravadas na pele. Tu não sabe como estou devastadas por estes dias de plena abstinência de tua alma. Só eu sei como é negar o que é tão gritante e vivo em mim. Evito ser, evito estar, evito procurar, construo bloqueio de minha existência dentro de mim. Ser lírica demais é uma das piores coisas, por não querer expressar o que as linhas já dizem por si só.

Não me afronte pelos meus sentimentos, eles são tão meus, tão meus que as dores deles são externadas nas diversas formas. Meu corpo não aguenta mais invasões de vidas marcadas se intensidade. Cultuada ao acaso de não conseguir compreender minha situação atual. Só queria ter a calma de tempos atrás. Respirar o ar calmo que preciso, esse ar que me falta nos pulmões a cada aparição sua repentina na minha vida.

Se eu puder te pedir algo, me dê um tempo. Preciso refletir, preciso entender, preciso compreender, preciso de organizar mentalmente de tudo que meu coração vomitou em mim neste um mês que vivo esta ilusão. Por mais que acredites que eu tenha fugido ou me tomado de orgulho eu só preciso de um tempo para respirar e acalmar minha alma.

Já estou devastada demais para aguentar tantas emoções, eu preciso de ar. Preciso que você não desista de mim, mais que entenda que eu precise de um tempo, apenas.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 04/08/2013
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