Uma reforma política que funcionaria...

Jorge Linhaça

É muito blá-blá-blá sobre reforma política e poucas

propostas para atingir o cerne da questão.

Vamos então deixar de lado os sintomas e partir para a cura do câncer.

O câncer da política é a ambição, a falta de pudor, as mordomias que os cargos, salários e verbas extras fazem tanta gente desprovida de moral e ética desejarem ser eleitos.

Então, comecemos pelos salários:

Nenhum, repito, nenhum cargo eletivo pode receber mais do que 10 salários mínimos como vencimentos.

Cada estado deve ter direito a um Deputado Federal e um Senador. (já é mais do que suficiente para não fazer nada).

Qualquer aumento de salário dos políticos deve seguir o mesmo critério utilizado para aumentar o salário mínimo.

A frota de carros disponibilizados para esses senhores deve ser composta de carros populares com no máximo um ar condicionado.

Cada político deve dirigir seu próprio carro e as residências funcionais devem ser apartamentos no estilo kitnet, afinal, para dormir e pensar sobre trabalho no dia seguinte não é preciso mais do que isso.

Extinção imediata dos cartões de crédito mantidos pelo Estado. Extinção total do auxilio terno e outras aberrações.

Se usar terno fosse sinal de decoro ou de moralidade nosso congresso não estaria cheio de ratazanas como hoje.

Quer ser Deputado Federal ou Senador? Ótimo, se vire com seu salário para voltar para sua cidade ou estado, nada de verba pública para pagar passagens aéreas.

O Horário eleitoral gratuito deve destinar o mesmo tempo para cada partido, não podendo exceder o limite de 5 minutos e não sendo permitidas as coligações com o fim de aumentar esse tempo. Partidos que não lançarem candidatos a cargos majoritários não podem apoiar candidatos de outros partidos.

Reeleição? O ilustre político teria direito a apenas uma, ao fim da qual deveria retirar-se da disputa de cargos eletivos pelo período igual ao dos mandatos exercidos.

Se ficou 4 anos e tentou reeleger-se, perdeu fica 4 anos fora, se logrou êxito e foi reeleito, fica 8 anos cuidando de sua vida após o mandato

Além disso, vagabundo não fez nada em dois anos, tome deseleição nele, ou seja, como temos eleições de dois em dois anos, aproveitamos o ensejo para responder sim ou não quanto á permanência de vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores, presidente.

Em caso de deseleição o fulano só pode voltar a candidatar-se 8 anos depois.

Fica vetado o abandono de cargos executivos para concorrer a outras esferas do poder.

TODO político eleito ou nomeado para cargos, deve ser atendido em hospital público, ter filhos, netos e bisnetos em escolas públicas, utilizar o transporte público e pagar pedágio como qualquer outro mortal.

Quero ver quem se candidata quando estas regras entrarem em vigor.

Fica vetado aos senhores deputados, senadores, vereadores , modificar qualquer destas mudanças por meio de pecs, pacs, pics pocs, pucs ou medidas provisórias. Qualquer modificação só será possível por plebiscito popular a com a porcentagem de 70% dos votos válidos.

Quer ser político? Saiba que está lá para trabalhar e não para enriquecer.