ROMÁRIO E SEUS 999,9 GOLS

Romário e seus 999,9 gols.

Era mais um clássico para Romário, mais uma vez contra o time que mais gosta de marcar e jamais ostentou sua camisa, era o Botafogo. Em um Maracanã lotado, semi-final de Campeonato Carioca, e principalmente não era 1° de Abril.

A data perfeita, qualquer torcedor que ouvisse que o jogo acabara em 4 x 4 , tinha a certeza de que o baixinho pelo menos guardou um, o mais importante não sei, mas o mais angustiante sim. Romário tentou, chutou , e era como seu filho pediu, de cabeça, que Romário poderia ter feito, cruzamento pro gol, o goleirão vendido e lá estava ele , o baixinho da camisa 11, dentro da pequena área, sua especialidade, a bola veio caminhando lentamente, pareceu mais um um choque emocional, ali seu coração não aguentou de emoções, as câmeras que o cercavam flagravam seu momento de glória, era só encostar na bola, pra fazer o Mil.

Todos olhavam atentamenta o esforçado Romário, que sempre desdenhou o preparo físico , seu coração foi como se estivesse disparando, e a bola desceu já dentro do gol,pronta pra ele, e Romário caiu, estático , sem encostar na bola, e sem chegar a marca de Mil.

Ainda assim, os torcedores gritaram , pularam , aqueles mais velhos ainda acreditavam que o gol era do baixinho, por um mílimetro ele não marcou. O jogo seguiu e Romário já não tinha mais forças para acreditar, foi por pouco, se ele já havia dito que o goleirão do Flamengo defendeu com um dedo á mais aquela bola do clássico para o Mil, nessa com certeza ele diria que com um milímetro á mais de cabelo, ele o faria, claro, culpa da idade, que deixou os cabelos mais curtos e carecas...

O jogo termina empatado e Romário cansado, cheio de dores, os torcedores da geral ainda acreditavam no milésimo de pênalti, mas mal sabiam que em cobranças de pênalti os gols não são válidos, até o Juiz esperou para ver se Romário ia bater, não sei se toda aquela demora era pra ver se o Baixinho decidia cobrar e levar o Vasco á final e ao possível milésimo, ou se esperavam um acordo da Federação em mudar as regras, e legalizar gols de cobranças de pênalti.

E no páis apelidado de República das Bananas, nada melhor doque comer bananas para tentar resolver o problema, mas não deu. Eu vi um Romário exausto de toda aquela pressão e de Futebol, precisando descansar, ele não queria fazer o milésimo no apelo, percebi ali que o baixinho queria fazer bonito, mas todos insistiam para ser de qualquer jeito, mas foi quase, por um milímetro não fez 1000 gols, mas pelo menos 999,9 vai Romário!

Tolentino
Enviado por Tolentino em 12/04/2007
Reeditado em 15/04/2007
Código do texto: T446936