A maldita!

Para viver nos dias de hoje, duas coisas são absolutamente necessárias:

Uma conta bancária gorda e para quem não a tem, tomar um porre todos os dias.

Sim, como dizia Sofleto, o negócio é encher a cara, uma máxima que diz exatamente (quase isso).

Beber socialmente já é um bom habeas-corpus, existem, entretanto para o pessoal que abusa, os seus defensores “públicos”.

Acompanhamos estes porres até nos textos da Burana, a conhecida cantata de Carl Orff e com alicerces em poemas latinos do século XII.

Confessava abertamente o poeta, tão desconhecido quanto pinguço, há mais de 800 anos:

“É meu propósito morrer na taverna

Onde os vinhos ficam perto da boca do moribundo;

Os coros dos anjos ai cantarão mais alegres,

Deus abençoe a esse beberrão.”

Não tenho dúvida alguma que a camisinha perto do álcool é fichinha. Mesmo provocando morte, a ausência do seu uso, perde feio e a preferência é da danada da “cana”.

É lógico que tem beberrões desde o início dos tempos e devidamente registrado no Livro Sagrado. Noé, depois de um porre, cismou de andar nú.

Num dia de plantão, vi um motorista de uma carreta de mais de 10 toneladas, pra lá de Bagdá, estava mais bêbado do que pirú em véspera de natal. O maluco irresponsável não conseguia nem achar a porta da viatura que o levaria a delegacia, imagine se o energúmeno conseguiria achar a sapata do freio?

As estradas estão lotadas, os campos de futebol também. Se não me falha a memória, num jogo entre São Paulo e Corinthians, o juiz que apitava, estava pinguço e acabou expulsando quatro jogadores e distribuindo mais de uma dúzia de cartões amarelos.

Exemplo deu nossos vizinhos gaúchos. A cidade de Capão da Canoa, instalou na Câmara Municipal, um bafômetro, para que os esforçados Edis soprassem antes de entrar no Plenário.O autor da idéia foi um vereador do PMDB,chamado Artur, que justificou tal medida dizendo que tratamento dentário estava muito caro.O interessante deste caso é que um vereador notoriamente pinguço, em pleno plenário fez um discurso em favor da maldita, entre soluços.

Até que seria interessante colocar um bafômetro no Planalto, só pra "zoar”.