Uma poesia que ainda possa

Engraçado como as pessoas chegaram ao ponto de se diminuírem. Diminuição aqui no sentido de tentarem engrandecer-se com adjetivações clichês, o que as tornam: mentirosas?

Parece que o ser humano perdeu a capacidade de ir além; descobrir o porquê de algo, ao invés de tapá-lo com mais cola. Sinto que observo pessoas cegas caminhando todo dia, mesmo estando com os olhos completamente abertos. Seria essa a pior invenção de nosso tão famoso século? A era da manipulação? Enquanto as mais avançadas formas de tecnologia estão sendo criadas. O homem perdeu o controle sobre si mesmo. Na verdade parece mais com uma ideia que o acompanha desde sempre: o medo. O tanto se tornou insuportável. O poder, claro, que está em suas mãos, causa-lhe arrepios. Deveria ser o oposto, não? Pois o homem quando tem poder tem tudo, certo? Rá!

A sociedade, agora, é chamada de “sociedade do espetáculo”. Espetacularização. Entende? Não? Aqui então vai uma breve resenha do que se trata: vivemos num circo. Cada um de nós é o palhaço, buscando sua melhor apresentação para a plateia. Quem é ela? Risos. Nós, também. Trabalhamos e assistimos à tudo de pista vip, meu querido. O preço? Só Deus sabe.

Posso te contar um segredo? Celulares são nossas armas hiper- modernas. Nossas espadas contra o mal. Apenas um clique ou um toque de leve na sua tela touch screen. O mundo ao seu alcance. O tempo todo. Quer a comprovação? Simplesmente saia às ruas e observe( se possível, claro) com seus próprios olhos. Paradoxalmente seria, ele, nosso anti-herói?

Eu, sendo escritor. Transmitindo o que sinto para meu papel que queima. Logo, infelizmente, terão substituído minha caneta. Ah, minhas palavras serão o que?

Ainda olho para o relógio todas as manhãs com a esperança incrustada em meus olhos. As batidas que se aproximam serão as próximas bombas?

Deixo, aqui, uma nota. Uma palavra. Uma poesia que ainda possa salvá-los.

Obrigada.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 09/09/2013
Reeditado em 09/09/2013
Código do texto: T4474463
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