Caixa de sapatos

Hoje resolvi abrir minha velha caixa de sapatos, penso que todo mundo teve uma, na qual guardou seu passado. Mas, em tempos de memória RAM é possível que poucas pessoas as tenham conservadas, mas, eu ainda guardo a minha. E quão grande foi meu susto em descobri, quantas coisas já se havia fugido da minha memória: fotos esbranquiçadas pelo tempo, que nem parecem com quem as tirou, algumas figurinhas que com certeza eram repetidas, pois, de outra forma teriam sido coladas nos álbuns que há muito já se foram, cartas recebidas e tantas vezes lidas, mas, que o tempo me tinha feito esquecer, cartas que escrevi e quê por um motivo ou outro não mandei.

Contudo, o que me encheu os olhos de lágrimas foi o meu velho IOIÔ, que, para usá-lo precisava subir no sofá ou em algum lugar que me deixasse mais alto, pois, do contrário se chocaria com o chão. É definitivamente as caixas de sapatos são mágicas, parecem não ter fundo, para que possam guardar tantas lembranças, chego mesmo a pensar que minha caixa de sapatos tem mais de oito Gigabits de memória.