Para a bola da vez, o pseudosocialismo humanitário
Estava tomando o café no balcão de um bar, copo sujo, o único aberto às 5hs da manhã, e não me pergunte os porquês. Ao lado, dois zés da silva tomavam cerveja a que o cheiro de pinga denunciava ter havido um aperitivo prévio. Um, que parecia barranco recém desmoronado pelas intempéries da vida, escutava calado: olha, não vou te deixar na rua, por seus filhos, não podem ficar na rua... Vou arrumar um lugar para eles ficarem. Mas não vou te dar nada, vou apenas te ensinar a pescar, tititi, tatatá. Resolveram que o papo terminara ali, que a cerveja acabara na ampulheta, marcando a hora de pagar a conta. O professor de pescaria mexe em todos os bolsos, e diz para o aprendiz de pescador: olha, estou sem dinheiro aqui. Pague aí pra nós!
E mais, quem entendeu, entendeu, quem não entendeu, entendesse.