VIAJANO PELAS ISTRADA DE ÔRO FINO

São seis ora da manha. Acabo de acordar ao som daques vento cavernoso - que inte intao eu só tinha visto em filme de terror, daques qu’eu nem faço questão de assisti, ou daques faroeste, ouvino a musga do dejango dispois de mata os seis bandido que inda restava la pras banda do sumiterio, - qui ta balançano as cortinas do quarto fazeno um barui danado mas não entra pruque não há corrente de ar no apartamento do hotel. Estamos eu e o meu navegador de longas jornadas por esse Brasil afora Jaime, em Águas de Lindoia, estado de São Paulo, no Hotel das Águas. Na verdade estamos a poucos km da divisa com Minas que ficou bem ali na estrada de Ouro Fino, sim aquela do menino da porteira que ganhou em homenagem um enorme monumento na entrada da cidade onde tiraremos umas foto na vorta. No que se refere a gastronomia palavra das bunita qui agente aprende quando tá viajano, meu sistema digestivo ou mió, meu estomgo, nada tem a reclamar. Quando nóis envinha paremo pro lanche matinal la pelas bandas de Carmópolis, um baita pastel com quais um garrote dentro de tanta carne. Mal mal tinha feito o kilo andemo mais um bocado de kilomres, já paremo pra armuçá. Cumemo uma traíra sem espinho ali próximo a Pouso Alegre numa fazenda a beira da estrada com mais de trezentos pato, peru, faisão, galinha d’angola e inté galo e galinha, além de um gatinho e um tiranossauro rex de mais de dois metros de altura que fica ali bem localizado estrategicamente de pé, dano a impressão qui tá oiano pra lá e pra cá, vigiano essa bicharada danada qui tem naquêl terrero. Entrando nesta cidade bateu uma fome de lanchá e aí sim, como o Jaime, alem de navegador é especialista e conhecedor mor de especiarias principalmente se tratano de pastel e assim, comemos um pastel japonês de frango com catupiri pequenininho, tipo assim 30 por 15 com duzentos gramas de frango dentro e não sastifeito ainda pedi um de trêis queijo e nessas alturas da viagem mesmo tomando aquela coca cola com um gosto meio esquisito bem diferente da mineira, qui a gente toma dês de criança imaginei que nóis nem ia jantá. Cheguemo na bela cidade encravada no mei da montanha, procuremo o hotel ate incontrá, bem aqui no centro da cidade donde avisto da janela da ventania que faz barui nos meus zuvido uma bela e alta montanha. Tomemo bain, botemo as prosa em dia pela internetia e fumo caça um lugar pra mode faze um lanchim, imbora já fosse quais meia noite; e num é qui nois achô sô. Cumemo um baita sanduiche de baguete com carne ovo, salame, presunto eu nem sei cumé quês consegue colocá aquilo tudo dendaquele troço sô. Isso sem falá do carro qui nois tá nele. É o tal de celta qui inté parece aques ratim piquininim qui agente corre a cuzinha toda e num consegui pegá. O carrim é desse tamainzim mas anda pra daná o bichim, esperto que só elo sô e bão o danado. Tomemo um café no hotel e saimo pra conhece mió a cidade. Tinha uma feira de fusca na praça principal, fumo lá pra vê e era cada um mais bunito que o outro e nois tiremo um mucado de retrato lá. Dispois nóis fumo lá no arto da serra visitá o Cristo Redentô com seus braço aberto pra abraça nois tudo num gesto de amor eterno. Uma visão linda de lá, vê a cidade todinha lá em baixo e as ôtra cidade tudo ao redó. Intão nóis arresorvemo se arretirá e vortá pra casa. Dessa veis nóis tiremo muitos retrato da portera e do minino da estrada de Ouro Fino. E óia que a tar de camara de tirá retrato do Jaime é um telefone desses celular assim mei grande, qui faiz inté barulhim daquéas maquina que quando dá aquês freche a gente fecha os ôi com medo de quemá. Entremo na cidade e fumo lá na igreja tira retrato. Uma baita igreja qui inte num da pra intende cumo fizero aquele monstro de igreja ali naquela cidade tão pequena. Mas acho que isso nem é da nossa conta, mais a gente fica sem entendê assim memo. Uma churrasquera danada na hora do armoço; cumemo muita carne sô, tomemo as coca cola quais tudo do restorante. Passemo no rei da traira de novo. Ês tem fazenda de um lado e de outro da redovia. Pena qui inda tem umas pessoa, desacossuada da vida que tem preconceito de cor né gente. A lôra lá da loja fechô a porta do shopim só proque eu parei num cantim debaxo duma arvre pra mode do carro num isquentá naquele sol forte qui tava naquela hora. Na verdade dá é dó desses infeliz qui acha qué mió qui os outro, qui fecha inte as portera achano qui os negro, cujos antepassado carrego esse Brasil nos lombo, qui alimentô os branco curtivando a terra nos cabo da inxada. A divida desse País com os negro é muito grande, mas ês num percebe isso, e faz de bobo cumo se nada tivesse acuntecido, e ainda tem corage de disfazê dos negro. Mas tem um Deus no céu qui é justo, e vai partilhá Seu reino de gloria sem oiá as cor da pele, as dinherama nos borso e um bocado desses branco vai fica do lado de fora da portera la no céu ô onde Deus acha qui deve sê. O Jaime fêis questão de passa no outro lado outra veis e contá pro dono que atendeu nóis com muita deferença quando passemo na ida. Contô prá ele qui a lôra da outra loja fez esse ato de racismo sujando o nome do Rei da Traíra. O moço com muita umirdade, me pediu muitas discurpa e eu fiquei com lágrima nos óio. Nóis retornemo de novo e vortemo pra casa, pra junto de nossas famia e aquele carro qui já chamei de ratin de cuzinha troxe nóis de vorta, e nois viagemo com muita alegria e truxemo muita felicidade no bagagero. Eu e o Jaime já fizemo muitas viage junto, mas foi a nossa premera viagem nas istrada de Oro Fino que tem no seu grande monumento a marca da mão do cantô Sergio Reis qui valorizô com seu canto a historia desse personage conhecido como o minino da portera. Num perde a purtunidade, se dé cês vai lá, pruqê é um lugar muito dos bunito qui vale a pena cunhecê. Abença pras istradas de Minas, abença pra istrada de Ôro Fino. Abença sinhô e sinhá. Abença Brasil, terra abençuada.

ederbrasil
Enviado por ederbrasil em 27/09/2013
Reeditado em 28/09/2013
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