A JOVEM DA GARRAFA PET

Terça-feira da semana passada, por volta das 16:00 horas, retornando do trabalho da Prefeitura de Viana-ES, Brasil, com destino à Nova Almeida-Serra-ES, Brasil, onde moro, pude observar dentro do onibus onde me encontrava, algo que me chamou bastante a atenção: uma jovem morena, usando short jeans bastante surrado, sujo e com alguns rasgos, camiseta em malha, uma blusa de frio para se proteger da baixa temperatura propiciada pelo tempo chuvoso, além de sandálias de dedos. O que mais me surpreendeu realmente naquela jovem que não tinha mais que 25 anos de idade, era o estado de abandono em que se encontrava, parecendo ter desistido da vida. O mau cheiro que o seu corpo exalava, por não querer ou não ter condições de tomar um bom banho, vinha com certeza de longa data e o seu cabelo sem ver água há muito tempo, estava no pior estado possível que um cabelo encaracolado pode ficar.

O fato mais marcante porém de todos eles na observação que fiz daquela jovem, não foi quando ela deu uma nota de R$ 50,00 (cinquenta reais) para pagar a sua passagem e a cobradora por não ter troco deixou ela viajar de graça ou quando ela começou a discutir com um homem que se dizia evangélico e tentou evangelizá-la em vão. O que realmente me chamou a atenção foi a garrafa pet transparente, dessas de refrigerante que a jovem carregava debaixo do braço defendendo como se fosse o seu maior tesouro, o seu maior troféu: é onde ela guarda a sua cachaça para esquecer ou tentar esquecer a sua triste realidade. Observei atentamente que aquela garrafa pet que comporta dois litros estava com o seu conteúdo pela metade e a jovem completamente embriagada. No terminal rodoviário de Campo Grande-Cariacica-ES, Brasil, aquela jovem se misturou com os demais passageiros e seguiu o seu destino, rumo sabe-se lá para onde e eu que enfrento oito conduções e cerca de sete horas diárias para ir e vir em função do trabalho, aprendo e medito muito todos os dias com o que vejo e ouço nessas viagens de rotina.

A jovem da garrafa pet me faz lembrar que existem muitos jovens entregues a todos os tipos de vícios e drogas espalhados e entregues à própria sorte por esse imenso mundão bundão, onde os bundões que estão no poder só querem aparecer a qualquer custo à custa do sofrimento daqueles que eles só sabem explorar cada vez mais.

A grande verdade é que o amor doentio a dinheiro e bens transforma a maioria dos seres humanos em monstros humanos programados pela ganância para ganhar e lucrar, tornando o ser humano que é a coisa mais preciosa deste mundo em algo totalmente insignificante.

Enquanto houver no mundo pelo menos uma pessoa que não coloque dinheiro e bens em primeiro lugar, haverá esperança de melhorá-lo e torná-lo um lugar mais feliz para todos. Enquanto O Deus Criador ocupar não de palavras, mas de ações o coração pelo menos de uma só pessoa neste mundo, as trevas darão lugar à luz e essa luz será tão intensa que será capaz de desfazer todas as trevas que agora dominam o mundo, criando toda espécie de sofrimento e dor impostos pelo pecado.

Você e eu podemos contribuir um pouquinho para impedir que uma outra jovem se entregue ao vício do álcool e carregue em uma garrafa pet como se fosse a sua riqueza, o seu troféu, a sua própria destruição e para isso basta sermos um pouquinho menos egoístas e amarmos uns aos outros um pouquinho mais como Jesus nos ensinou. Que tal começarmos agora?

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 29/09/2013
Código do texto: T4504135
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