Dormindo de calça jeans

Dormindo de calça jeans

Paulão, sempre o Paulão, era “o cara”: bonito, forte e avantajado. Mulher prá ele era diversão e não faltava até... Dulcinéia aparecer. Pensem em uma mulher bonita. Pensou? Esqueça então, passe uma borracha na sua imagem e fixe-se na minha descrição:

- Cabelos: morenos e lisos, um tanto índia talvez...

- Olhos: verdes da cor do mar nordestino.

- Nariz: perfeitamente moldado para enfeitar o “conjunto da obra”.

- Boca: tal qual a da Paola Oliveira, entendeu?

- Seios: perfuradores de camisetas! Dizem que a Hering chegou a oferecer uma grana para a moça pousar em uma propaganda, mas Paulão vetou..

- Barriga: nada de negativa! Positiva sim, mas de poucos dígitos, perfeita!

- Bunda: Pausa para meditação... Respirou colega? Vamos lá: Um misto de cabrocha com miss bumbum, ali alocada no meio da escultura humana, linda de frente e melhor ainda de perfil. Nem grande nem pequena, apalpável. Simplesmente perfeita!

- Pernas: de propaganda de creme nívea, alongadas e talhadas por deuses, suficientemente grossas para sustentar a obra prima que pousa sobre elas...

- Pés: até o pé da moça era bonito, nem precisava ser não é mesmo?

Vamos aos fatos: Paulão conheceu a Dulcinéia (que nome ele pensou, mas o belo conjunto apagava o nome feio e o apelido era “doçura”, lindo mesmo...), Doce, Doçura, Néia e Nenéia. O amor bateu mais forte e Paulão parou na dela. Para encurtar casaram. Para fazer um atalho maior: eram felizes! Paulão não mais dava encima das “outras”, pois já tinha o suficiente para encher sua cama de prazeres desvairados. Sabem aquele programa “amor e sexo” da TV? Nunca viu e não vai ver nunca! Confessou no bar, entre amigos que concordaram: prá que? Nós, meros mortais, temos interesse em saber se estamos “nos conformes” e se os” outros” são melhores. Isso se chama insegurança. Ponto final. Já Paulão não tinha esse problema, obviamente, bem resolvido e prá lá de feliz... Até... Dulcinéia ver a cena de Clara (uma loira de fechar a academia) conversando com o Paulão dentro do possante carrão do nosso herói. Nada de mais, não há nada demais em oferecer um carona para uma colega, não é mesmo? Erro mortal! Amigo leitor há certo apelo sexual entre carros esportivos e mulheres bonitas. Vejam os desfiles de lindas moças nos salões automobilísticos. Tenho um amigo que não gosta de carros, mas adora ver mulher bonita: não perde um salão de automóvel, “coisa de louco” diz ele. Voltemos: jamais dê carona para mulher bonita, entendeu? Paulão não assistiu a essa aula de educação sexual e se ferrou! Greve sexual da mulher.

Agora estou vendo a imagem do triste Paulão (com cara de Paulinho) no bar, todo choroso:

- Não suporto mais, estou me consumindo...

- Que foi amigo?

- Greve de sexo, greve de sexo, preferia uma de fome!

- Que aconteceu Paulão?

Ele descreveu o ciúme de Dulce, a briga e a reação dela. Um mês sem comparecimento, decretou a morena. Ele não pode reagir e calado aceitou a penitência.

- O pior amigo é que a tortura vem medieval!

- Como assim?

- Ela dorme de calça jeans!!!!

Aí entendi seu sofrimento: a bela, toda noite, se despia na frente do maridão e colocava uma calça jeans apertadíssima (strech), deitava sem camisa e o abraçava por trás, do tipo “mata-leão” do vale tudo, entendeu? E dormia tranquila... Ele enlouquecia, se contorcia e quando revertia a posição e passava a guarda se deparava com aquela maldita calça jeans... Que sofrimento colega, que sofrimento.

Conclusão: mulher + carro = traição; Não deixe sua mulher ler essa crônica nunca, tá bom?????

Sorte!

Roberto Solano
Enviado por Roberto Solano em 06/10/2013
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