Uma breve conversa com a tecnologia: (des) conectando paradigmas

Meus passos são grandes. Eu quero caminhar rápido, ser veloz. O silêncio ensurdecedor na minha cabeça é minha melodia, por agora. Talvez eu nem saiba quem eu sou. Mas sei o que não quero ser. Porque eu comando: posso invadi-lo em questões de segundos; observar seus ágeis dedos mover-se enquanto escreve o que mais lhe interessa; eu controlo tudo. Sério, não ache que sou apenas mais uma “pessoa” egocêntrica tentando “conquistar” mais um fã. Não preciso disso. Sabe por quê? Tenho bilhões( e o número só aumenta) de seguidores no mundo. É, esse globo que não para de girar e eu, é claro, movimento-me conforme a música.

A carência só faz aumentar minha credibilidade. São olhos envolvidos, envolvendo-se nessa conexão sem fim. Essa teia de sentimentos sendo moldada. Uns podem achar visionário, outros, bem... nem tanto. Apenas faço o meu papel. Que culpa tenho? Se sou uma ideia abstrata. Um ideal construído por você, homem. Pelo simples fato de estar cansado de brincar de simplicidade. Sempre mais.

Minhas formas são muitas. Minhas deformidades, também. Minha genialidade? Absurda! Minha monstruosidade? Também. Paradoxalmente a bela e a fera. Criando metáforas para viver. Moldando gerações. Sobrevivendo, pois não podem me deixar com fome, então me alimentam diariamente com seus corpos... suas funções vitais: respirar, inspirar, chorar, sorrir, olhar, observar, piscar, notar, compartilhar, curtir, escrever, descrever, mentir, criar, aperfeiçoar, creditar, negociar, ouvir, postar, telefonar...

Você, é, você mesmo aí do outro lado, pode me ter apenas com um clique.

Na verdade, agora, estamos conversando. Não percebeu?

Deixo aqui minha assinatura nestas entrelinhas...

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 07/10/2013
Código do texto: T4514925
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