Contemplando a natureza
Optando por alguns dias de descanso extra, rumei para o Sítio e lá encontrei o que necessitava para refrescar a mente, respirar o ar saudável do campo; cheiro de grama verde orvalhada; perfume das flores; cantar dos quero-queros, vigilantes da querência. Procurei ocupar minha mente com algumas reflexões, análises e conclusões. Embriaguei-me obsevando o lençol verde das campinas, bordados de flores variadas: mal-me-queres, Maria moles, verbenas e tantas outras. Nesse momento, decidi colher uma delas e a escolhida; foi a menor que encontrei, extremamente minúscula, e coloquei-a sob uma lupa. Então, assim pude perceber toda a sua beleza e perfeição. Continuei a caminhada por vales, matas, observando os pássaros, meu encantamento se repetia a cada espécie que ia encontrando, suas plumagens multicoloridas, seus cantos sonoros e repetitivos quais Salmos bíblicos, a leveza de seus voos. No grande açude, deslizando serenamente sobre as águas, patos selvagens, marrecos, mergulhões e outros. Pelos ares, em filas organizadas, garças e papagaios tecem acrobacias, bordando os céus em graciosas fileiras... até dá para pensar que os comandantes da aviação do exército, copiou deles as suas acrobacias de precisão altamente coordenada sem risco de colisão. Tudo isso me levou a reflexões profundas em relação ao Criador, à criação e à criatura humana.
A soma destes momentos, raros para muitos, levou-me a concluir o que segue: O Criador, supremo senhor, inventor de tudo o que existe no insondável universo, é indubitavelmente um Deus de amor cujo poder ninguém jamais poderá sondar ou descrever na sua totalidade. O mais fantástico é que deu ao ser humano o uso da razão e sintetizou o seu desejo dizendo: Amai a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. Logo, concluímos que, de fato, Deus quer um retorno para esse grande amor por nós humanos e, a natureza como um todo, respeitando, preservando a vida em tudo e em todos.
Foi assim que senti, observei e deduzi, nesse pequeno retiro campestre.