Nada é proibido? Vai pegar a mãe então...

O ser humano tem mania de desrespeitar normas, quebrar paradigmas, virar a mesa, misturar sacro e profano, sublime e grotesco, real e irreal e tudo mais. No entanto, na prática da vida em sociedade, ele vai sempre estar preso a eles, afundado até o pescoço, para conseguir o menor equilíbrio possível para se poder viver, mesmo que seja em mínima paz. Aquele que se acha acima dos paradigmas da moralidade não poderá ter namorada, amigos, se casar, ter filhos e filhas, nada que precise estabelecer limites na atitude do outro. De onde vem a ideia de que uma moça de treze anos, que já menstrua a três, não pode ter relações sexuais? Quem vai controlar o ímpeto da natureza humana? Quem poderá falar de pedofilia, sem o apoio dos paradigmas da moralidade? Ninguém. A ciência é doente nesses assuntos e sempre foi. Daí a razão da explicação do mito e seu valor em sociedade. Ele é quem, através da força dos paradigmas morais, controla, esclarece e equilibra as ações dentro do seio da sociedade. O que o mito de èdipo o rei fez? Abriu a discussão eterna sobre o incesto. A ciência não explica a proibição do sexo entre pais e filhos. O mito, com aquela história, colocou um ponto final na discussão: Não pode comer a mãe e pronto.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 05/11/2013
Reeditado em 05/11/2013
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