Tanquisguivein. E aí, já botou o perú no forno?...

Tanquisguivein. Já botou o perú no forno?...

Hoje é o dia do tal do tanquisguivein lá nos EUA, que também estão tentando implantar por aqui, como fizeram com o Ralouin, que vai entrando no lugar do "Dia de todos os santos".

Por lá, se sabe, o negócio é o seguinte: o presidente dos EUA faz uma cerimônia na Casa Branca, onde livra a cara de uma ave chamada cientificamente de "alectura lathami", da ordem dos "Galliformes", relembrando passagem histórica do país. Mas, na casa dos americanos comuns, a coisa é diferente: mandam a tal ave, o popular perú, pro vinagre e depois a metem no forno e não querem nem saber, pois em termos de comilança, costumam ser imbatíveis (irmãos que viveram por lá uns tempos me contaram da montanha de cachorros quentes que costumam consumir, durante um simples jogo de basquete).

Entre os americanos, a coisa tem a ver com história. Por aqui, a coisa tem há ver com esse negócio da gente ficar macaqueando costumes alheios, sem o menor senso crítico, mesmo - nem vou falar da tal da "blequifridei", que não estreou bem por aqui, porque foi considerada uma espécie de estelionato, pelos consumidores.

Pelo que ouvi, estão tentando implantar por aqui também o "Dia da Árvore", 1º de dezembro, "..quando as famílias se unem para montar a árvore de Natal". Tá... Não sei se os brasileiros vão aderir, mas os chineses, que fornecem 11 entre 10 das quinquilharias de Natal, vão gostar demais da conta, se isto acontecer.

Tradicionalmente, tínhamos o dia 6 de dezembro como o dia de montar o presépio.

No meu tempo de criança, minha avó paterna colocava o arroz para brotar num prato, com algodão molhado, no dia de Santa Luzia. O arroz brotado servia como a graminha do presépio, que ficava ao lado da árvore de Natal - que era feita por ela com uma bananeira pequena, enfeitada com papel celofane e bolinhas de doce de leite embrulhadas com palha de milho.

Daí que os netos da dona Olímpia queriam assaltar a árvore de todo jeito, mas ela estava sempre na vigília. Só que as tais bolinhas de doce iam sumindo, dia após dia, e a gente levando a culpa, sem dever nada (ou quase, na medida do possível). Sempre desconfiei queo fato tinha há ver com meus tios Jota e Lelé, que dormiam no quarto em frente, mas cadê a coragem para acusar?...

Mas, estou fugindo do assunto principal. O que quero é perguntar: e aí, já botou seu perú no forno hoje?