Papo de taxista

Entrar em um taxi é como abrir a porta de um consultório psicológico!

Entrar em um taxi é entregar a segurança de sua vida nas mãos de um estranho, assim como ele também, não pode saber que irá entrar em seu carro.

Então lhe dizemos o destino, e podemos ficar seguros que ele nos levará ao lugar certo!

Duas pessoas dentro de um carro, duas pessoas com suas vidas, seus problemas, e mais, que nunca se viram antes, agora estão ali a apenas alguns centímetros uma da outra.

E então começa um diálogo, é claro, falando sobre o tempo, e a partir daí, seu taxista passa a ser muito mais que um motorista, ele lhe conta de sua vida, ou de alguma novidade, que incrivelmente aconteceu e sua vida particular, mas ele está contando para você, um mero desconhecido. Ou então você acaba de passar por alguma situação, a qual gostaria de compartilhar seja por alegria ou por alguma decepção, e começa a desabafar.

Quando percebe você se encontra em plena sala de um psicólogo. Onde duas pessoas, com suas vidas tumultuadas decidem compartilhar suas ideias, e sempre com alguma mensagem, com algo para dizer!

Chegamos ao destino, pagamos a ele até os centavos a mais, porque sentimos que o conselho que recebemos daquele estranho condutor, poderia ser mais útil que o de um conhecido amigo, ou de um profissional. Afinal foi de uma pessoa cujo papel era apenas conduzir seu cliente até o destino indicado e pronto, mas esse motorista, ele como pessoa, decidiu ajudar dando seu relato e seu apoio, ou compartilhando alegrias, e conselhos sinceros com seu “amigo”.

Abrimos a porta agradecemos e então nos despedimos de um amigo que talvez tardemos a ver, ou então que jamais veremos.

Seguimos nosso dia com mais alegria, e ele, o taxista, ah, lá se vai para mais uma aventura, mais um destino, mais uma vida a ajudar, mais uma história a escrever, e para encaminhar mais um amigo ao seu destino correto!