Dificuldades e tristezas.

Uma das coisas que sempre me pego dizendo é que o fim da vida é muito triste. Não sabemos do fim como será mas é fato que não há alegria nele.

E o fim da vida não é necessariamente a morte, é esse período que poderia ser definido como o "inverno" da vida, frio triste e muitas vezes solitário.

Há um tio do meu marido que vive conosco há 17 anos, tio pumba.

Pumba é um apelido carinhoso vindo do desenho animado do Pumba.

Devido ao fato de que em uma época que ele bebia bastante evitar com

frequência os banhos diários. rsrsrs Hoje felizmente ele toma banho

sem precisar ninguém mandar! Mas o problema dele é o fato de não ter constituído família e a única família que tem atualmente somos nós, nesse caso felizmente também, porque se não tivesse nós seria pior.

Ele saiu de casa e recebi um telefonema dizendo que era para ir buscá-lo no hospital.Uma total falta de informação mas enfim... Fui lá e era para fazer a internação dele. Está internado e fomos visitar ontem.

Fiquei condoída, porque estava agitado e confuso, ele havia planejado uma viagem para rever o irmão que mora em outro estado, coisas de quem comemora essas datas festivas, comprou roupa nova, viu passagem, planejou tudo e agora preso a um leito hospitalar.

Minha filha (sobrinha neta dele), ficou tão triste de vê-lo naquele estado que me doeu na alma, mas é a vida... ele já é idoso, e ontem tive medo porque pude ter uma amostra de quão triste será para todos nós se ele partir, vi como o fato de estar internado mexeu com minha filha, afinal ele é parte das nossas vidas e são muitos anos de convivência, nem sempre fácil, mas estamos juntos... E eu nunca tive essa dimensão real de como seria triste, mas nessa doença dele já dá para ter uma ideia.Espero sinceramente que ele se recupere, mas de qualquer forma pela idade não dá para iludir-me. Ele está avançado em idade e é o caminho de todos nós... Muito triste, pela primeira vez o vazio de ele não estar aqui está nos soando assim, como um clima ruim

acho que receio de que ele piore e se vá. De uma forma ou de outra

ainda nos tem como família, porque se não fosse isso, como seria?

Não é fácil. Agora meu marido foi visitá-lo para ouvir do médico a situação, espero que volte com notícias animadoras. A vida é deveras complicada em algumas situações...

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 15/12/2013
Reeditado em 15/12/2013
Código do texto: T4612579
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