Esqueça
Você me disse: esqueça-se daquelas emoções
Mas veja! O estado despedaçado do meu coração!
Você me pede para esquecer
Mas eu nunca tive você!
Sua ideia de posse me sufocou
Mas se eu não mostrasse ciúmes iria te perder
Onde existem ciúmes não existe amor
Odeio amor sem ciúmes
Todos que tomam posse do amor assistem filme de terror!
Todos que menosprezam o amor morrem de dores!
Mas a gente não consegue moldar o amor
Mas eu já dormi com o amor
Pois eu encontrei o amor, foi em uma grande dor.
Eu já tentei matar o amor! Ele renasceu numa flor
Sempre procurei o amor! Ele sempre fugiu de mim
Quando lhe dou as costas, ele me visita em alguém
Eu já tentei esquecer de tudo
Mas o amor é um surdo-mudo!
É impossível com ele dialogar
É! Se eu o encaro sóbrio e sereno
O abusado me conduz pequeno
Quando um amor grande é solicitado
Encontrei-o de um e noventa e nove no supermercado
Quanto mais eu procuro onde! Mais ele se esconde
Quanto mais eu o enxoto, ele mais bate a minha porta
E quando me aborreço! Exclamo: esqueça
Ele responde: Por que não me deleta de sua cabeça?
E quando todo feliz exclamo: ele morreu!
O dia nem amanheceu, o falecido me apareceu!
E quando me aparto no meu quarto
Com os meus uais, esqueça e os meus porquês?
Sei que você desolada com os seus porquês
Com seus desafetos, com estes ataques de insetos
Ambos perguntamos?
Porquê comigo meu Deus?
Fui surpreendido!
Quando a luz iluminou todos meus escondidos
Quanta emoção!
Quando as trevas da noite
Descobriram minhas solidões!
Esqueça! Se o amor é esse desconhecido?
Quero estar longe deste atrevido!
E quando eu for embora, levarei comigo
Aquelas maravilhosas mulheres que constroem história
Nestas travessias destas mulheres
Que provocam poesias.