VIDA, INCÓGNITA VIDA.
 
A vida é uma batalha diária travada entre o corpo e a alma, entre manter-se de pé e desfalecer, entre afirmar-se ao meio e ser desacreditado. Precisamos batalhar muito para postar-nos de pé, diante de nós mesmos.
Considero eu, assim ser a vida de todos aqueles que vão atrás dos seus sonhos, daqueles que querem além do trivial, querem ir mais longe, muito mais, além do horizonte.
Trabalhamos muito, mas continuamos a trabalhar, aprendemos muito, mas continuamos a aprender. A cada dia novas páginas são inseridas no livro da vida de cada ser humano, páginas com recusas e páginas com aprendizados, porque a vida precisa continuar.
A amizade é como a flor, enquanto seu caule e ramagens são regados, suas pétalas se sustentam, exalam perfumes e mantem as cores sempre vivas, mas quando lhes falta a seiva, murcha e despenca do alto de suas copas e se esfacelam sobre o chão.
Lá se vai mais um ano, lá vem outro e mais outros virão, sempre assim: segundos, minutos, horas, dias, meses e ano e o corpo humano cavalgando a vida, hora feliz, hora sisudo, sem cores, sem perfumes, sem sentido. Mas a vida em si é o sentido, porém a forma desse sentido é produzida pela generosidade. Como é difícil ser generoso, lutamos conosco mesmo, quando buscamos abraçar esta virtude, sabemos, pois, a dificuldade para domá-la.
O Natal é o dia da consciência espiritual, da nova dimensão proposta por Jesus Cristo, o dia da conquista, o dia da expiação para dentro de nós em função do outro. O dia de dar as mãos, não para puxarmos e nem sermos puxados, mas pelo contrário, para andarmos lado a lado, equilibrar-nos nesse caminhar e nessa incógnita que é a vida.
Muita paz, amor e felicidade, um verdadeiro Natal para você.
 
                        Rio, 22/12/2013
                      Feitosa dos Santos