Naquele Tempo.

Naquele tempo o metrô encerrava seu funcionamento à meia noite. Entre as vinte e duas e vinte, horário em que saía da faculdade, até seu fechamento, tinha uma hora e quarenta para recostar os cotovelos no balcão imundo do Botequim General, engolir três ou quatro cervejas mortas, comer uma salsicha meio podre, ao som da Kiss FM, e pensar nas batalhas diárias que aquele tempo me impingia. Eu sofria, sofria... tendo de atravessar diariamente, esbaforido e transpirante, uma multidão de corpos e avenidas esfumaçadas, numa burocracia infernal, mas sorria, sorria e vivia demais!!

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 17/01/2014
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