DEZ LIVROS QUE ME MARCARAM

1. Bíblia Sagrada (66 livros - 39 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento - vários autores). Clássico atemporal, testamento de fé, religião, espiritualidade e visão cristocêntrica de mundo. Leitura que alimenta minha alma diariamente, dando-me forças e fazendo-me compreender um pouco mais de Deus e da vida.

2. Cem Anos de Solidão (Gabriel García Marquez). Grande obra de realismo fantástico desse grande escritor colombiano. O preciosismo das palavras e a utilização de figuras de linguagem me encantaram do início ao fim da leitura. Um dos meus autores preferidos. "Amor nos Tempos do Cólera" e "Crônica de uma Morte Anunciada", do Gabriel, também são muito bons.

3. Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski). Culpa e redenção marcam a história do jovem Raskólnikov, num contexto social caótico da Rússia no início do Século XX. Possui uma essência ético-religiosa que muitos não percebem. Aumentei meu gosto pela literatura após a leitura desse grande romance, em 2007.

4. Memória Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis). Um morto narrando sua história é o que há de originalidade. Uma linguagem simples, direta e recheada de toques psicológicos. Para mim, melhor que Dom Casmurro. Com esse livro me redimi do pecado de não valorizar tanto nossa rica literatura nacional.

5. A Hora de Estrela (Clarice Lispector). Dos livros obrigatórios para o vestibular foi o que mais gostei; ria horrores da protagonista. Quem não torceu pela sofredora Macabea? Pegada pesada e com humor sarcástico desta grande autora (ucraniana, mas de sangue brasileiro). As cenas que Macabea cai com a cara no chão porque o namorado não consegue segurá-la, bem como quando a pobre é atropelada pelo Mercedes-Benz e morre são antológicas.

6. Ensaio Sobre a Cegueira (José Saramago). Que livro é esse? Reflete a dura realidade da natureza humana (fria, egoísta, mesquinha, fétida). Uma analogia à cegueira espiritual feita por um autor ateu, um contrassenso perfeito. Dos que li, o melhor disparado desse autor peculiar em sua forma de escrita.

7. Meu Nome é Vermelho (Ohan Pamuk). Grande livro, rico em detalhes e erudito até dizer basta, um dos melhores que já li. O autor (turco) é pouco conhecido, mas ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2006, seu livro mais famoso é Neve, contudo não é o melhor (li uns 4 ou 5 dele). Meu Nome é Vermelho possui 19 narradores, dentre eles um cachorro, uma moeda e a morte; com pano de fundo, a história de um assassinato no império turco otomano. Surgiu o desejo de conhecer a Turquia com a leitura deste livro.

8. Capitães da Areia (Jorge Amado). Leitura leve e agradável que mostra uma realidade social da década de 1940, e que não se diferencia muito da atual. Crianças abandonadas, descaso governamental, sexualidade precoce, sonhos despedaçados. O livro possui uma riqueza de sentimentos muito grande sobre uma dura realidade. Esse livro me fez perceber o quanto privilegiado eu sou, comparado com crianças que não tiveram infância e amor.

9. Olhai os Lírios dos Campos (Érico Veríssimo). Li ainda na adolescência essa obra marcante e profunda. O livro fala diretamente à nossa alma, com uma referência direta à passagem dos Evangelhos onde Jesus afirma que "nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu com vestes tão belas quanto os lírios dos campos". Um apelo à valorização da simplicidade e do amor ao próximo. Gosto das crônicas do Luiz Fernando Veríssimo, mas ele passa longe da riqueza poética da escrita de seu pai.

10. Maravilhosa Graça (Phillip YanceY). Renomado autor cristão, este jornalista imprime suas experiências pessoas em viagens pelo mundo, entre inúmeras ilustrações com histórias marcante, para falar sobre a graça de Deus. O que é, o que representa para nós, como podemos observá-la em nossas vidas, bem como o perigo da ausência do ciclo da graça (no mundo em que vivemos, em nossas famílias, etc.). Marcou a nova e atual fase da minha vida.

Robson Alves Costa
Enviado por Robson Alves Costa em 30/01/2014
Reeditado em 30/01/2014
Código do texto: T4671142
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