Máscaras

Tudo o que conhecemos ou tudo o que vemos, não é o que conhecemos ou que vemos. Nada é o que parece ser. As pessoas tem o péssimo hábito de usar máscaras criadas pela nossa sociedade. Não se pode julga-los, é próprio do ser humano se mascarar. O problema não é se esconder atrás de uma máscara, mas tipo que usamos.

Há máscaras de ferro, frias e duras. Pessoas que as usam agem de maneira inconsciente. Elas são egoístas e se fazem de muito fortes.

Há máscaras de chocolate, ternas e doces. Apesar da boa aparência, essas embriagam o ser humano e ele passa a viver fora da realidade.

Essas duas ainda tem conserto. O ferro pode muito bem ser derretido. Seu coração ainda tem chance de ser amolecido. A de chocolate pode ser endurecido no frio e assim voltar a realidade.

Mas há uma máscara que é incorrigível, uma tão poderosa que ninguém consegue destrui-la: a frágil máscara de espelho. Quando alguém quer se tornar igual a todos a sua vola ele usa esta. Ele pensa que é só por um tempo, até se dar bem na vida. Mas não é assim. Quando você se obriga se tornar igual e comum, você jamais perde essa maldita sensação de que e olham diferente. Então cada vez mais você se esforça além de suas forças e faz tudo para ser igual e crescer.

O problema está quando se chega a algum lugar. Nunca é o bastante. Você pensa: eu posso subir mais. Nessa ascenção você vai se perdendo aos poucos e quando se torna grande, já é tarde. Você esqueceu quem era e agora não pode mais voltar. Você nem se lembra. E se as lembranças persistem, você as ignora por que eram de quando se era pequeno. Para se manter no topo é necessário continuar a usar essa infeliz máscara de espelho, pois se não o fizer você perderá tudo o que alcançou.

É somente neste ponto que persebemos que temos usado uma máscara, uma máscara que nos aprisiona e dessa cela não há escapatória.

Thiago A Almeida
Enviado por Thiago A Almeida em 28/04/2007
Código do texto: T467581
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.