O Citröen Negro

Há bem tempos não víamos, por aqui, modelos de máquinas, utensílios, ferramentas de marcas estrangeiras: Made in Italy, made in sweden, made in germany. Por muitos tempos deixamos de importar produtos como canivetes, facas, bicicletas. Só que agora uma enxurrada de quinquilharias aparecem por aqui, vindas da Ásia.

Pude rever com a abertura de mercado, os carros da montadora francesa, Citröen, bons automóveis, aperfeiçoados na f1, em tempos recentes, rodando pelas nossas avenidas e estradas.

Lembrei-me do carro de cor preta, que esteve no cenário do famoso crime do Sacopã, no Rio de Janeiro. Um Jovem Tenente da Aeronáutica, o Tenente Bandeira, foi acusado e condenado, inocentemente, a bela Marina, supostamente, o Pivot do crime, e Afrânio, Bancário do Banco do Brasil e muito trapaceiro, segunda a revista O Cruzeiro e jornais da época, a vítima. O Citröen negro dos anos cinqüenta, há bem pouco tempo, ainda se podia ser visto num ferro velho da cidade do Rio.

Os Citröens estão de volta nos novos tempos e criminalidade no Rio de Janeiro cresceu assustadoramente! Com o crescimento demográfico da região, também devido, muito mais, à impunidade por todo o Brasil!

Aquele carro perdurou por tempos, como símbolo de uma época em que os crimes, esporádicos, eram divulgados como acontecimentos anormais. A banalidade, é hoje, simbolizada por aquele carro Gol que arrasta por vários quilômetros, uma criança, vítima de criminosos que consideram qualquer crime, coisa banal!

Sobradinho-DF, 27-04-07