NA PALAVRA É QUE VOU ... * Crónica da responsabilidade vs jactância

Um conterrâneo que muito prezo recorda-me amiudadas vezes que só todos juntos sabemos tudo. Sábias palavras estas!

Constantemente, temos notícia de quem cumpre e também de quem não cumpre esta sabedoria --- a nível local, a nível nacional, a nível global.

Se é verdade que há gente que tem a atitude grande de reconhecer que só todos juntos sabemos tudo, também há gente que tem a pequenez da jactância de tudo saber.

Exemplos concretos de ambas as posturas têmo-las às toneladas. Basta olhar em derredor.

Quantos de nós vivemos situações de partilha, numa conjugação de esforços responsável?

Bem-hajam, sempre!, aqueles que apreenderam e seguiram a sabedoria da parábola dos vimes!

Quantos de nós vivemos situações de frustração até à recusa de subscrever enormidades que estão aí, bem visíveis, demonstrando a razão que nos assistia?

Relevemos, embora sem ira nem desejo obstinado de vingança, a pequenez da jactância e os seus resultados perniciosos, resultados que perduram como uma condenação e a todos lesam.

Os pecados constantes seguidos dos perdões constantes e da estafada recomendação «Vai e não peques mais!» tornam o confessionário inócuo. E com isto que digo recupero o Poeta Guerra Junqueiro em «Um justo não perdoa, julga!».

Até sempre!

José-Augusto de Carvalho

Lisboa, 29 de Setembro de 2013.

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 08/02/2014
Reeditado em 28/12/2018
Código do texto: T4683389
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