PELAS ESTRADAS DA VIDA!

REDIMENCIONANDO CAMINHOS

Há cerca de 10 anos, quando da construção da casa de minha filha, mandei o pedreiro fazer um caminho de pedras, ligando minha casa à dela. As pedras foram colocadas bem rente ao muro, aumentando a área de gramado ao lado.

Tudo pronto, o caminho ficou bonito, com as pedras novas, protegendo os calçados das pessoas, da terra poeirenta. Gostei do resultado.

Certo dia, minha netinha primogênita, Letícia, então com dois anos e meio, desceu de sua casa e de mãos dadas com sua mãe, veio pelo caminho, toda serelepe, para nos visitar.

Chegando, pediu “bença” e ao levantar a mãozinha, notei que as costas da mão direita estava arranhada e sangrando. Perguntei à minha filha o que acontecera e ela surpresa, não sabia explicar e nem a menininha, no momento. Após um tempo, descobrimos como acontecera: - Letícia se postara à direita da mãe, dando-lhe a mão esquerda, andando rente ao muro chapiscado. À medida que andava, sua mãozinha direita ia resvalando pelo muro, ralando sua pele sensível, sem que ele reclamasse ou chorasse, dado a alegria de estar indo à casa dos avós.

No dia seguinte, chamei o pedreiro e pedi que afastasse bem as pedras do muro, redimencionando o trajeto, para que não se repetisse tal acidente. Com uma picareta, deslocou pedra por pedra e colocando-as simetricamente uma após outra, criando novo trajeto, longe do muro chapiscado.

“Se nós nos preocupasse-mos em prestar atenção aos pequeninos sinais que acontecem em nossas vidas, no cotidiano, poderíamos redimencionar nossos procedimentos em relação às pessoas que nos rodeia, criando caminhos alternativos que não feri