Escrevo para desabafar

Um aperto no peito, um suspiro de choro, uma angústia de saudade com nostalgia e tristeza. Uma música que proporciona a lembrança de diversos momentos que enfrentamos em nossas vidas, vários questionamentos ecoando na cabeça, perguntas que até hoje não temos as respostas concretas que tanto buscamos. Mais um ciclo de muitos se encerrou e mais uma vez me vi sozinha ao caminhar pelo clichê desta “longa estrada da vida”.

São tantos planos, que todos os dias têm que ser novamente traçados para alcança-los, falta algo, estamos sempre insatisfeitos com tudo, o amor não tá bom, a casa não tá boa, o carro já não é mais o mesmo, o salário não dá conta de pagar as dívidas. O que está acontecendo conosco? Perdemos valores, perdemos amores, perdemos sabores, deixamos passar em branco diversos momentos em nossas vidas que poderiam ser lembrados com sorrisos, mas não! São lembrados com dor, com suor, com sacrifício desnecessário!

Será que o que falta é uma forma diferente de pensarmos? Ou será uma ação? Os dois, talvez? Se nós colocamos pra fora nossos valores, nosso senso de justiça, nossa crítica, somos crucificados e reprimidos! Por que nos estimulam a sermos seres mais pensantes?! Se quando colocamos o pensamento crítico pra fora, somos podados, esquartejados com palavras que cortam cada vontade que carregamos no peito. Que dom é esse que temos e que nunca se manifesta? Eu tenho, mas não sei qual, nem se quer sei se um dia se manifestará. Só queria que o meu mundo de isolamento íntimo fosse mais compreendido, só queria trabalhar num lugar onde as pessoas não me julgassem por não participar de fofocas e muito menos de coisas fúteis.

Só queria ser comum... Sou uma diferente normalidade!

E escrevo pra desabafar.

Cristiane Fragoso

Cris Fragoso
Enviado por Cris Fragoso em 09/02/2014
Código do texto: T4684577
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