Cântico do abandono

Juro que não sou altivo, isto é arrogante.

Sou tenho medo de dizer esta palavra (x) por que na minha vida faço tudo para ser um servo humilde. Minha idade é 67 anos, mas pareço que tenho 50 não fisicamente, mas na cabeça.

Por que posso dizer isso. Porque me dediquei a esse tema pela vida toda. Tenho consciência de que não sou nada, que dependo das graças de Deus para fazer alguma coisa boa, pois

Cristo disse,"sem mim nada podeis fazer"João 15,5. Por que posso citar o versículo biblico, porque tenho a chave biblica, edição evangélica, da Sociedade Biblica do Brasil de 1970 Brasilia.DF.

Por que meus textos sempre se referem a Bíblia? Por que está no meu sangue, ié., "a boca fala o que o coração está cheio". De que me adianta escrever ou falar, citar algo que não seja

proveniente de Deus?

Mas também posso escrever sobre outros assuntos: política, militarismo, artisticos e literatura.

E-36 é a oração de Cantico do Abandono. "Meu Pai, elevo hoje minha voz para cantar, porque, em vez de dia, em vez de so, com suas luzes e cores, deste-me, uma noite fria.

Eu te amo, eu te adoro porque as ondas do mar de tua onipotência meus sonhos e meus castelos; e desfizeram os mais suaves, os mais fortes, os mais sagrados laços de

minha existência.

Eu te amo, eu te adoro e bendigo porque, em vez do calor de tua ternura, desceu em meu jardim o gelo da indiferença congelando a última flor.

Senhor, meu Deus, eu te bendi e te louvo porque, em tua santa e carinhosa vontade, permtiste que as sombras do crepúsclo esmaecessem o colorido de minha juventude;

porque quisestes que eu fosse, não um astro nem sequer um cálice brilhante e formoso, mas um grão de areia, simples e insignificante, na praia imensa da humanidade.

Se um dia eu te louvei na alegria e cantei no meio dessa luz com que transfigurasse minha vida, hoje eu te amo e te adoro à sombra da cruz.

BENDIGO-TE NA LUTA E NO TRABALHO, NAS PEDRAS E ASPEREZAS DA SUBIDA; e o pranto que derramo hoje é o doce orvalho da carola de minha alma agradecida que te bendiz

no tédio e na tristeza, porque, apesar de tudo, deste-me, carinhoso, esta abóbada azul e infinita para cobrir, ó Senhor minha desdita.

Sim, eu beijo com ternura e abandono essas mãos divinas que me ferem, porque creio firmemente que não cai um só cabelo ou uma só folha sem a vontade amabilíssima do Pai que

dirige sabiamente a orquestra sinfônica e divina do universo. Sim, Pai poderoso e querido, do fundo mais recôndito do oceano de minha alma eu te louvo absorto e agradecido e exulto em um canto de esperança. Se um dia te atravessasse em meus planos e programas, se apagaste por um momento a luz de minha chama, é porque, para além das flores que fenecem, há outro mundo mais formoso que eu diviso, uma pátria em que nunca anoitece e uma casa de luz edificada sobre a paz eterna. Em tuas mãos eu me ponho; faze de mim o que quiseres".

Amém.

clesio de luca
Enviado por clesio de luca em 14/02/2014
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