Fato Real

Lembranças que trago no meu pensamento da vida que eu tive só de dor e lamento, muitas coisas ruins bem pouco foram as boas, as drogas, as violências, os crimes e todo sofrimento para minha família, não pensava em nada, suava a noite enateira. Aos 18 anos de idade a primeira besteira, fiz um filho com uma garota. Criança, burro e virgem, fui pela beleza.

Deve se perguntar aonde a conheci, mas para ser mais especifico e claro foi em um lugar denominado Orla de Olinda, apenas dois minutos de conversa aquela garota mudou meu coração, ela deveria ter ligado quando tinha vergonha de pegar em minhas mãos, meu desespero foi lançado, quando descobri que de mim aquela garota tinha engravidado, a noticia fez com quer minha vida virasse pelo averso, mas, pela burrice até que eu mereço. Com calma e competência ela sabia o que queria, com toda frieza ordenou para que eu desse o dinheiro, pois amanhã seria um novo dia, sem pensar em nada mandei com toda inocência, juro por Deus que meu sonho era ter aquela menina, mas ela sabia o que queria, "ela tirou minha filha". Quando soube da noticia eu só queria morrer, desfiz de pais, familiares, só você vendo pra poder crer. Desamparado via toda cena se passando, sonhava desesperadamente com aquela menina mim chamando.

- Papai, você não sabia, mas eu tinha meu sonho, Sonhava em crescer ao seu lado e conhecer o anjo chamado mamãe, mas ela foi mais forte papai [...]

Para que eu se recuperasse foi complexo, arrumei um trabalho, entrei na escola, passei a jogar bola, larguei de fato as drogas, deixei de lado a vida bandida, mas nem fazia ideia que o verdadeiro mau ainda estava por vim, comecei a mim sentir estranho, tudo que eu comia fazia mau pra mim, remédios, simpatias, igrejas, nada daquilo adiantava, foi ai que um resultado de um exame medico apontava, tive que fazer 3, 4, 5 pra poder ler, ver e crer que no meu sangue na minha vida rolava o o vírus HIV, pensava que aquelas coisas só acontecia com os outros, depois eu parei e pensei do que valeu meu esforço. O desespero fez que eu fosse atrais daquela garota, o desespero fez que eu mim tornasse mais um homicida. Mesmo local, parecia até aquela primeira cena, aquele dia ela pensou que eu queria alguma esquema, mas não, sem pensar, dor no coração, desespero, panico, choro, a sequencia, sangue no chão, vários tiros cheiro de pólvora e o cranio estourado, naquele momento eu mim sentia vingado, poucos minutos depois chegou a policia, nem lembro mais da minha reação, só lembro do martelo batendo "BUUM" 6 anos de detenção.

Três anos de sofrimento recebi meu alvará, graças a Deus consegui voltar para o meu lar, que lar que nada estou aqui na cama, na faze terminal do hospital, aos 23 anos de idade longe do carinho da minha mãe, imaginando la longe o rostinho daquela menina (minha filha), fico pensando no garoto certo que eu poderia ter sido, saudade da minha mãe que poderia estar aqui comigo, dos meus amigos que cresceram do meu lado, triste pelas pessoas que reclamam da vida sem ter passado [...]

- Estou aqui no quarto do hospital, na faze terminal. Mas o que mim deixa mais triste, não é saber que vou morrer entre o hoje ou o manhã, o que deixa mais trite é saber que essa historia não é só minha.

"Leve-me na memoria, por que meu futuro é a morte."