JOSELITO E O CARRO DE BOIS

O céu está estrelado quando o pai vai a rua, olha a lua ainda presente e se dirige à cocheira, onde recolhe a junta de bois, o Tição e o Bandido. Eles puxarão a carreta carregada de toras de acácia que serão levadas à cooperativa de madeira na entrada do povoado.

Ao ouvir os movimentos do pai, o pequeno Joselito salta da cama e coloca sua calça bege e os suspensórios que cobrem a camisa listada de azul e branco. Seus olhinhos brilham pois chegou o dia esperado de sair com o pai naquela que promete ser uma grande aventura.

Na cozinha, a mãe prepara o almoço dos dois: linguiça com farofa, banana e muito café. Ela está alegre pois na volta do marido, certamente será agraciada com um corte de vestido, comprado no armazém do povoado.

Inicia a pequena viagem, o menino pede para segurar as rédeas da carreta mas o pai não deixa, temendo a revolta do boi Bandido, que demonstra não gostar de Joselito, parecendo sentir toda a afeição que o menino tem pelo seu parceiro Tição. Evitando atritos, o pai sugere que Joselito sente na parte de trás da carreta, ao que o menino atende feliz .

E lá vai ele, montado na grossa tora de madeira, cuja ponta pra fora da carreta, suspende uma faixa vermelha. Joselito, em sua imaginação, sente-se nessa hora um cavaleiro em suas andanças, pelo mundo da fantasia.

Meio dia. Hora do almoço. O pai para a beira da estradinha. Chama pelo menino e ao não ser atendido procura-o no interior da carreta. O sol bate no rosto de Joselito, que dorme entre as toras, sonhando, quem sabe, com uma cavalgada montado no seu cavalo alado e atrás do boi Bandido.....

CEIÇA
Enviado por CEIÇA em 26/02/2014
Reeditado em 21/07/2014
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