VOCÊ SABE QUANDO NASCERAM O CONFETE E A SERPENTINA?

(Notas sobre o Carnaval de Paris)

Há registros sobre o Carnaval de Paris desde o século XVI.

O confete em papel e a serpentina foram lançados mundialmente em Paris no ano de 1892. Antes, em Roma, eram usados confeitos de açúcar (daí o nome) nas ‘batalhas’ carnavalescas.

1737: O Carnaval foi bem celebrado este ano em Paris, com ordem e tranquilidade admiráveis, noite e dia, apesar da multidão e alegria permitida. O concurso de Carroças e Máscaras foi prodigioso no Faubourg Saint Antoine. Não se viu desde muito tempo assembleias de Jogos, de Concertos, de Festas e de Bailes. Todos os espetáculos foram preenchidos e a alegria era geral, sem que se tenha ouvido falar de algum acidente. Os Bailes Públicos na Sala da Ópera nunca foram tão frequentados, podia-se ver até máscaras da mais alta distinção.

1787: A rua Sto. Antonio é famosa pelo prodigioso concurso de máscaras que todos os anos, nos dias de carnaval, atraem grande número de curiosos.

A partir de 1739 tornou-se tradicional a “Promenade du Boeuf Gras” (cortejo do Boi Gordo), que passou a ser gigantesco no século XIX e deu origem à Festa de Paris ou o Carnaval de Paris.

No século XIX o carnaval passou a acontecer apenas no domingo, segunda e terça-feira gorda.

Em 1896 e 1897 artistas de Montmartre para caçoar do cortejo do Boi Gordo que saía em grande pompa há 25 anos organizaram o desfile da Vaca Raivosa, que nunca mais aconteceu.

No começo do século XX durante o carnaval o trânsito de veículos era interrompido nas principais avenidas de Paris.

Em 17 de fevereiro de 1885 o jornal Le Petit Parisien noticiou:

Baile Infantil. Com belas fantasias de Pierrot e marquesas empoadas, muitas crianças foram ao baile da Ópera. Muita gente estava na praça para ver de perto a entrada das crianças. Desde as 14h30 era impossível circular por ali. Elas eram protegidas por cordões de isolamento, por onde passavam alegres e pomposas. O sucesso ultrapassou todas as expectativas: houve mais de seis mil entradas! Lá dentro a decoração era feérica. Encorajadas pelas mães as crianças dançavam ao som da orquestra d´Arban. Adultos assistiam à festa nos camarotes e de um deles Victor Hugo, que bem conhecia “a arte de ser avô”, seguia as evoluções das crianças alegres e barulhentas.

A partir de 1915 e durante o período da 1ª guerra o carnaval foi proibido na França.

Nos anos 1950 até 1960 houve cortejos de crianças fantasiadas na avenida dos Champs Elysées, acompanhadas de pequenos grupos de adultos também fantasiados.