Um pouco de metáfora

Estou agora no fundo de um oceano, onde tudo é escuro, frio e desconhecido. Minha alma dói. Sozinha não consigo emergir, pois não sei nadar, e o oceano é tão profundo que mesmo se soubesse precisaria de ajuda. Tudo que quero agora é poder ver a luz do sol ou das estrelas, sentir o calor da Terra ou a brisa da noite. Solitária, mesmo nessa imensidão, com tantos seres, é assim que estou, solitária. Como, sentada na superfície da lua, olhando a Terra com um binóculo, esperando novamente ser salva, mesmo com a companhia de milhões de corpos celestes, esperando alguém de outro planeta, até quem sabe do outro lado da lua, mas alguém. Qualquer ser com o minimo de sensibilidade possível, que mostre o caminho pra um novo mundo, onde a dor tenha uma dosagem diária menor do que onde estou agora, onde a solidão não exista mesmo que se esteja sozinha.

Luiza Bruun
Enviado por Luiza Bruun em 12/03/2014
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