Abelha Descuidada.

A abelha chegou perto da formiga e lhe perguntou:

- O que e como você faz para dormir?

A formiguinha, muito sem graça, pois a abelha queria entrar em sua privacidade, com um belo sorriso, saindo um pouco da frente da abelha, disse:

- Quando todos estão dormindo, os meus exércitos começam a patrulhar toda a vizinhança. Os meus exércitos são compostos por muitas de minha espécie. Vasculhamos tudo o que há pela frente. Carregamos outros insetos mortos, restos de alimentos, folhas e flores de plantas, enfim, somos um exército de limpeza.

A abelha, muito assustada com a resposta imediata da formiguinha, quis aproveitar de sua majestade e seu poderio, pois voava muito bem e trazia na calda uma dose bem grande de veneno, e falou:

- Minha nobre amiga formiga, o seu exército é muito forte, mas as minhas espécies são mais inteligentes, porque trabalhamos em comunidade, temos uma sociedade bem estruturada e um poder de vigilância enorme, com radares para detectar o inimigo. Quando voamos, vemos tudo lá de cima, inclusive quando vocês planejam saquear ou roubar alimentos de outros insetos. Porém, nossa vigilância é muito inteligente, como já lhe disse, somos uma grande sociedade organizada.

- Porém, a formiga, meio sensível, e com um pouco de medo, disse como bastante confiança:

- Minha prezada amiga abelha, nem sempre a vigilância, a tecnologia, os meios de defesa estão preparados para abortar o infrator. Quando, você dizia que o sistema de vigilância de sua colméia era bem avançado, ontem à noite, quando vocês dormiam, o meu exército fez uma visita em sua colméia. Vocês dormiam e nós saboreávamos o belo mel delicioso feito por vocês.

Pensando bem, ao exemplo da abelha e da formiguinha, vigilância é necessário, mas precisa-se verificar uma pequena falha para que algo entre e destrua a vida de qualquer pessoa.

É necessário ser vigilante, mas precisa-se verificar uma pequena falha dentro de cada um, pois se alguém acha definitivamente seguro, este alguém possui falha dentro de si, fazendo com que outros possam entrar em seus pensamentos, roubarem suas idéias e fazerem de sua falha um troféu.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 13/03/2014
Reeditado em 09/10/2016
Código do texto: T4727822
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