Educação: abraçar ou repelir-se?

Ser solar ou trevas? Mentor ou mero coadjuvante? De que lado você está? De que jeito flui seu educar?

Falar de educação é bem mais que falar das famosas “palavrinhas mágicas”. É fazer-se educar, educar para fazer e a união de ambos.

E para tal, é necessário que os olhos estejam abertos; que não paremos em frente ao espelho analisando as rugas, dos anos de profissão e as rachaduras nas pontas dos dedos pelo pó do giz a cal. É necessário que olhemos nos espelho e nos vejamos muito além dele. Que nos autoanalisemos capacitados e capacitores de uma educação tão à frente dos nossos tempos de carteira de estudante.

É necessário que talvez nos sentemos a ela, para nos instruir rumo à modernidade que se abrange, dia a dia. É preciso analisar, autocriticar-se, concentrar-se e mais... Ir além da própria educação. Buscar a fundo o que faz com que estejamos no ponto em que estivermos. E estender as mãos aos lados, num elo magnífico da formação do educar.

Educo eu, educa você, educamos nós. A conjugação verbal, quando posta de forma ordenada e amplificada, soa com qualidade vocálica e comportamental.

Compreende-se mais o mundo quando se para para enxergá-lo além das lentes dos melhores fotógrafos; quando se toma a câmera e, consequentemente, o foco se direciona ao seu modo de vê-lo.

É assim com o mundo. É assim com a educação. É assim que se constrói qualquer coisa que não seja casinhas de pecinhas de montar ou cartas de baralho.

A gente se esquece do que aprendeu. E repassa apenas parte do que sabe. Por mera preguiça boba, ou por achar que nosso conhecimento é unilateral.

Mas, não. Somos como bolas. Rodamos todo o tempo, em todas as direções. O duro é que teimamos sermos a bola do “Quico”, a famosa “bola quadrada”, toda diferente na imaginação, toda inexistente na realidade.

Quando pensamos em educação é necessário abrir os olhos, dilatar as pupilas. Afinal, nem tudo vem escrito em apostilas, planejadamente. É preciso, pois, investigar em outros livros, e-books, seguir novos caminhos.

Não se faz educar sem educação. E não se faz educação contemplando-a fotograficamente, embelezada aos olhos alheios e amarrotada dentro da gaveta, em meio aos papéis tantos que nada comprovam tal avanço educacional brasileiro.

E você, ainda crê na arte do abraço como forma de ir além as linhas?

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 14/03/2014
Código do texto: T4728848
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