DROGA, MAS QUE DROGA!

" Infelizmente, chegamos a esta dramática situação: ou liberamos a droga ou mantemos o tráfico. Sem volta, ao meu ver." (Zeza Amaral)

A roda dos interesses não pode parar, pois é dela a dinâmica da sobrevivência de uma sociedade caótica.

Liberar e não liberar sempre foi a tônica dos debates inócuos que encontramos nas manifestações teóricas - e burlescas - de pseudos intelectuais.

Debater valoriza o “produto”, torna-o conhecido, cobiçado, desperta curiosidade, aumenta a demanda.

Descriminalizar talvez seja o melhor remédio. O desmonte desse mal seria gradual, necessitando, quem sabe, de purgação por uma ou duas gerações, não menos.

Mas o preço da descriminalização seria muito alto. No começo seria uma "doideira" total, um "salve-se quem puder" generalizado, e a dor de tudo isso muito próxima...

Depois, viria uma acomodação envolta numa seleção natural.

Numa etapa futura, desapareceria esta droga da qual falamos agora, pois, com certeza, outra droga terá surgido.

E a roda dos interesses continuaria a girar, girar, girar...