QUANTO MAIOR O PODER, MAIOR O PERIGO DE ABUSO. (Edmund Burke)

Toda forma de poder é idiotização — de um lado, o pretenso senhor, do outro, o ignaro submisso. Mas, para a convivência harmoniosa dos seres humanos, essa dicotomia atávica, mal dos tempos, se faz presente regulando as relações entre o “mais forte” e o “mais fraco”.

Do fogo às avançadas tecnologias, a raça humana foi adquirindo capacidade de provocar situações para sua evolução, bem como, capacidade de se defender de agressões, mas isso, sem dúvida, foi — e é — um processo dinâmico que só findará com o autoextermínio, pois,

o domínio sobre o seu semelhante é a busca constante do mais simples ao mais capacitado moral e intelectualmente dos indivíduos.

Para a sobrevivência humana, uns se fazem de senhores, e outros de escravos, mas, na realidade, ao primeiro descuido — ou oportunidade — os papéis se invertem, e os mais obscuros desejos de vingança vêm à tona, tanto de um lado, quanto do outro.