Um breve relato sobre a DITA DURA

Menino de pequena cidade, viveu o período do “milagre econômico”, nos anos 70, ainda no século XX, porém, por lá não aconteciam muitos milagres, o que era mais comum nas grandes cidades, como a construção de uma das maiores pontes do mundo, senão a maior na época e da transamazônica, uma estrada ligando nada a coisa alguma, com pouquíssima relevância, ainda nos dias de hoje. O metrô daqui, é considerado o mais caro do mundo, devido ao longo tempo da obra e a sua curta extensão. Pouco se utiliza o já inaugurado e o que já é utilizado, está completamente depredado. E os estádios? Quanto desperdício. Brasil, Rio, Salvador. Nos salve, Senhor!

A educação funcionava, como no caso do 1º grau, nas escolas municipais e depois o 2º, também no ensino público e o único plano de saúde era do antigo INPS. O saudoso e há tempos sepultado Instituto Nacional de Previdência Social. Havia mais compromisso e comprometimento.

Aquele garoto atravessou os séculos, nascendo naquele e ainda vivo hoje, em pleno século XXI. Foram muitas mudanças, mas infelizmente, nem tudo mudou para melhor. Brigas inúteis contra a implantação de um sistema de governo, que por si só faliu. COMUNISMO. A única coisa em comum que o nosso povo possui são suas diferenças. São várias etnias e quem não tem o hábito de levantar cedo, não vai alcançar o melhor produto na feira e nem o melhor pedaço da melancia. Justíssimo.

Muitos mataram e muitos morreram. Açoitadores e açoitados, mas todos uns pobres coitados e ainda hoje em clima de revanche e é cada vez mais difícil entender, como uma ex-guerrilheira, a Presidenta, é capaz de solicitar o auxílio das Forças Armadas, a fim de coibir a violência nas favelas do Rio, completamente tomadas pelos traficantes, cada vez mais audaciosos e ousados, com a mesma ousadia, que um dia, esteve do outro lado. Justo ela, com eles e os outros, sonhadores e subversivos, que ao tentarem virar o jogo, trapacearam.

Os mesmos erros, cometidos pelas mesmas pessoas, mesmo que em circunstâncias diferentes, crescem em gravidade, mais ou menos como comer meleca na infância e continuar com o mesmo vício repudiável na puberdade.

Alguém bebeu a garapa e nos deixou o bagaço da cana para chupar e até as reclamações, manifestações, são orquestradas por aqueles que tirarão proveito depois. Mais um candidato, mais um peculato ou algo ainda mais pecaminoso.

Só havia dois partidos: ARENA e MDB. Um no poder e o outro no pretender, até que as proliferações, geraram canções, protestos e aquele menino, manifesta aqui, que nunca foi completamente feliz. Sempre esteve por um triz e sempre no quase e sempre bola na trave.

Somos eternas cobaias, frequentemente utilizadas para experiências, por generais, cabos eleitorais, lobistas, mídia, sociólogos, psicólogos, engenheiros e até por metalúrgicos. Também por lúdicos, pois afinal somos os súditos surdos de um reino sem lei e o mais incrível e patético é ter que reconhecer, em relação aos GENERAIS, que a saudosa mãe daquele menino tinha razão, quando então dizia, com tamanha sabedoria, ao ser aconselhada a se separar do seu também saudoso pai, pelas pseudo amigas:

“RUIM COM ELE, PIOR SEM ELE.”

O menino ria.

E atravessou o período do MILAGRE ECONÔMICO, mas sobreviverá a fase da MAQUIAGEM SOCIAL?

Mas, que tal virar essa página?