A espiritualidade não é algo para se saber, é para sentir

A espiritualidade não é algo para se saber é para sentir. Todos os grandes mestres falam da espiritualidade como algo simples, que é percebido através da inocência, não do conhecimento.

O conhecimento facilita a sabedoria, mas não é uma condição sine qua non, pois aquele que é sábio sabe que o conhecimento não lhe pertence, por isso não se apega a ele.

Como diz um antigo sábio: “só sei que nada sei”. Qualquer pessoa que diga que sabe algo sobre alguma coisa está falando bobagem, nós apenas tocamos de leve a sapiência sobre algum tema, raramente alguém tem a percepção real do que é algo, mesmo por que a percepção de um não necessariamente é a de outro.

Um matemático foi na lousa e fez um discurso matemático por bastante tempo e no fim escreveu: aqui termina a matemática. Veio então outro matemático e continuou de onde aquele parou e explanou sobre o tema muito tempo e no fim colocou; o meu conhecimento termina aqui, mas a matemática continua.

Para se ter uma ideia do que é conhecimento, gosto de dizer que o termo matemática vem daquilo que a palavra suscita. Um mau tema! Antigamente, a igreja só aceitava direito e medicina. A matemática colocava em cheque tudo o que ela pregava, por isso era execrada.

Quando alguém fala sobre espiritualidade como algo fora do contexto humano, está enganado, por que a espiritualidade está em tudo e tudo está na espiritualidade. É bobagem fazer qualquer separação, por que o corpo é um objeto espiritual, um instrumento do espírito.

Vai refutar? Que refute, mas lembrem-se aqueles que seguem Bert que ele durante muito tempo disse que seu trabalho nada tinha a ver com espiritualidade e hoje tudo mudou. Na medida em que percebemos a realidade espiritual em nossas vidas, tudo se transforma. E só podemos de fato nos desapegar das coisas, na medida em que percebemos o poder da vida espiritual de outra forma é só hipocrisia.

Há um tempo para cada coisa. Um tempo para nascer e outro para morrer e temos que estar bem preparados para isso, senão perdemos a essência do contexto e deixamos de ser o que precisamos ser para servirmos ao nosso propósito de vida.