reflexões pessoais

A partir de certo período da minha vida, comecei a perceber o quanto evolui, e quanto mudei coisas que quando menorzinha acreditava que seguiria fielmente até o fim da vida. São tantas formas de se viver e a gente acha que sempre será do mesmo jeito, que sempre teremos as mesmas opiniões, que não mudaremos em nada, porque aquilo é oque somos, e pra sempre seremos. Mas comigo não foi assim, não é assim, e nunca mais será. Ser inconstante, às vezes, julgo ser a melhor qualidade que uma pessoa possa ter.

Eu aprendi tanto vivendo tão pouco. Mudei tanto a partir da observação do mundo.

Crescendo eu entendi que podemos perder preconceitos, e adquiri-los também. Mas que sempre podemos renovar isso, para melhor ou para pior. Aprendi que você não pode se dar bem com todo mundo, se você pode viver em constante mudança, outros também, mas as mudanças nem sempre serão as mesmas, e um dia você vai encontrar alguém que discorde do que você adquiriu durante a sua vida, porque a dele foi diferente. E eu tenho que tentar entender e respeitar isso.

Aprendi também, que isso é normal, e que não é o fim do mundo se você discutir com alguém, um alguém que não é da sua família. Julgava que brigar com alguém era uma coisa muito restrita a família, estava errada. A vida é feita de riscos, se quiser viver bem você tem que se arriscar, você deve se arriscar. E quem se arrisca, um dia perde a paciência, e quem perde a paciência, pode brigar com alguém. Aprendi isso.

Outra coisa que aprendi, e talvez umas das mais importantes, é que a relatividade é presente em cada momento da vida. Algumas situações exigem reações suas, e algumas reações podem fazer com que você não se sinta bem. Mas reagir ferozmente em todas as situações, nem sempre é o certo a fazer, nem sempre vai te fazer bem, e pode ser até que torne mais passivo do que se tivesse ficado calado. Outras vezes o contrário também pode acontecer. Pensar antes de falar não significa que você esta em cima do muro, pode significar apenas que você PENSA.

Aprendi também sobre a personalidade humana. Incrível que não somos mais do que crianças evoluídas, e que uns insistem em dizer que infantilidade não é um adjetivo ideal para alguém com mais de 20 anos. Às vezes não é mesmo. Contudo, ser bobo, engraçado, feliz, gostar de brincar, não significa de maneira nenhuma que você seja burro, ou tenha algum fator que o inferiorize diante das outras pessoas.

A vida é complicada, é curta, mas ao mesmo tempo posso dizer que tenho muito pra viver ainda. Muito pra viver uma vida curta. E daqui uns anos, essas observações podem se aprofundar, e eu modificarei ainda mais. Tudo muda o tempo todo. Percebi que isso não é um problema, e que independente do que pensamos sobre mudanças, é a pura verdade.