O Outono da subjetividade

A rua vazia e acizentada, as poucas folhas amarelas persistem nas árvores e o restante já se estende ao chão. É a evidência da chegada do outono.

O vento ameno na face nos faz refletir, é um período do qual se pode pensar, um momento de regeneração. A sensação de se permanecer único em um retiro subjetivo.

O outono nos permite analisar mais o que nos cerca, fotografias tiradas apenas com a íris e a retina dos olhares são tão expontâneas assim como a nossa capacidade de observação sob elas.

Um ponto diante de um caminho cinza, onde só o vento balança levemente os cabelos e convida a um passeio em meio a pensamentos e planos para as próximas estações. A sensibilidade se aflora, nos trás a idéia de carisma, companhia, nos desperta a essência de umas pessoas sobre outras...onde, dependente de suas reflexões e estratégias almejadas poderá vir a ser uma exuberante primavera.

Que beleza excêntrica o outono nos mostra, talvez se a tarde fosse azul não despertasse tantos desejos.

Li Porfirio
Enviado por Li Porfirio em 06/05/2007
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