Falácias do Capitalismo.

Direta ou indiretamente os pobres, dão sustentação ao capitalismo brasileiro, que é muito mais selvagem; é diabólico mesmo!

Nas décadas de 50, 60, 70 e 80, o homem do campo, com as exceções de praxe, decantava em versos e prosas as enormes extensões de terras dos latifundiários. Parecia que se realizava na riqueza dos outros e esquecendo sua própria condição de pobre. Foi preciso que um operário começasse alertar ao homem do campo no Congresso e nas campanhas eleitorais de 1980 a 1989, as injustiças com estes lavradores da terra. As cabeças pensantes criaram um slogam em 89 para rebater um candidato latifundiário; “arame farpado na bunda do Caiado!” O operário urbano também não deixava de colaborar com este modelo perverso e encantar-se com os discursos burgueses. Falavam mal do Socialismo Real, mas não mostravam as mazelas do Capitalismo Real. Em 1994 a 1998 a luta em prol do homem do campo continuava. Embora com massacres, prisões e mortes dos sem terras, as marchas e ocupações eram constantes. As ocupações eram em terras invadidas por grileiros.

A partir de 2003, embora não seja um socialismo em sua total plenitude, há uma pitada dele nos projetos de governo. Não seria possível um choque socialista em um capitalismo arraigado como no Brasil. Como já disseram não há como corrigir 502 anos de desmando. É por isso, mais do que necessário dar continuidade o atual projeto. Não se deve deixar levar por denuncias em épocas eleitorais. Não vamos embarcar em denuncias infundadas, factoides e chicanas.

Há uma crença de que o brasileiro não sabe votar, pensando bem faz sentido, o que adianta votar na Dilma e encher o Congresso de senadores e deputados direitistas. Vamos dar um basta na direita e no neoliberalismo. Votar na situação e oposição ao mesmo tempo é deletar o voto. Como disse um apresentador de TV; Urna não é pinico.

Sou um pobre, um pouca mais acima da pobreza extrema, mas não discrimino e nem odeio os ricos, questioná-los sim. Não existe impérios econômicos impunimente.

Foi a partir dos anos 50 que me percebi como um ser político. Tinha 14 anos.

Lair Etanislau Alves.